Drogas ao volante, um problema mundial

Com o aumento do consumo de drogas em alguns países, os acidentes envolvendo motoristas sob efeito dessas substâncias vêm crescendo exponencialmente. Somente no Reino Unido, no ano passado, cerca de 8 mil condutores perderam a habilitação ao serem flagrados usando drogas ao volante.

Essa realidade não é diferente no Brasil, onde o transporte de cargas e passageiros – através de caminhões e ônibus – apresenta dados assustadores, especialmente em função da exploração do trabalho dos motoristas profissionais que, muitas vezes, consumiam drogas para conseguir dirigir sem dormir.

Nesse sentido, em março de 2016, nosso país deu um grande passo, tornando obrigatório o exame toxicológico de larga janela, o qual, através de uma pequena coleta de cabelo, pelos ou unha, consegue detectar se a pessoa é usuária regular de drogas.

Nos dois primeiros anos de aplicação desse exame, nada menos de 1,2 milhão de condutores das categorias C, D e E não tiveram essas CNHs renovadas, sendo que, cerca de 900 mil ficaram sem habilitação e os demais pediram mudança para a categoria B, que permite a direção de carro e ainda não exige o exame.

O fato é que o combate ao consumo de drogas é também uma responsabilidade de quem usa, afinal, afeta a segurança de todos, especialmente no trânsito. É urgente e necessário atuar no sentido de desestimular o consumo de drogas e estimular os avanços tecnológicos, como o exame toxicológico através do cabelo, que permitem aplicar políticas de prevenção.

É necessário verificarmos que a tecnologia para desestimular o consumo de drogas existe e, usando essa poderosa arma, seremos capazes de reduzir os acidentes, a violência urbana e, principalmente, salvar vidas no trânsito.

Fonte: Viver Seguro no Trânsito – Rodolfo Rizzotto, Coordenador do SOS Estradas