Seguradora inspeciona prédio da Assembleia Legislativa que pegou fogo

A seguradora responsável pelo prédio da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que pegou fogo na semana passada, começou a inspecionar o local na manhã desta sexta-feira (3). Isso ocorre sete dias após o terceiro pavimento do Palácio Luís Eduardo Magalhães ser destruído pelas chamas. A estrutura não passava por reforma desde 1994 e estava sendo restaurada quando o incidente aconteceu.

Segundo a assessoria da Alba, a inspeção da seguradora deve ser concluída ainda nesta sexta e, logo depois, serão iniciados os trabalhos para restabelecer o sistema de telecomunicações da Casa, afetado desde o incêndio. A ideia é que os operários trabalhem durante o fim de semana e que, na segunda-feira (6), tanto o sinal de internet quanto as linhas telefônicas estejam normalizadas.

Todos os servidores de internet ficam no prédio principal, onde houve o incêndio e onde funciona a sessão de Tecnologia da Informação (TI). O local está interditado e a energia foi desligada por questões de segurança. Desde então, os funcionários que trabalhavam no edifício foram transferidos para os anexos, que ficam ao lado do Palácio. Modens foram distribuídos, mas o sinal de internet ainda não é dos melhores.

Em nota, a Alba informou que a seguradora já autorizou o início dos serviços de revisão da parte elétrica e ajuste na cobertura do plenário. A presidência da Casa criou um Grupo de Ação Administrativa (GAA) que vai coordenar uma força-tarefa para fazer a limpeza do prédio. Esse mesmo pessoal está acompanhando os trabalhos dos representantes da seguradora.

“Inicialmente, será um trabalho forte de limpeza de toda a área e secagem de alguma área que por ventura ainda esteja com água. Só depois dessa etapa inicial é que se iniciarão os trabalhos de revisão elétrica setor por setor, sendo então restabelecida, aos poucos, a energia elétrica.

Além desses serviços de limpeza e revisão elétrica, em algumas salas serão necessários serviços complementares de recomposição de forro de gesso e possível substituição de alguns equipamentos”, diz a nota.

A assessoria informou também que o fogo destruiu o telhado do prédio e, por isso, alguns setores vão precisar de uma cobertura improvisada até resolver o problema. A força-tarefa vai trabalhar durante este final de semana, fazendo a limpeza das salas e corredores e os serviços de revisão elétrica.

O nome da seguradora do prédio e o valor do seguro ainda não foram divulgados. Uma empresa de engenharia será contratada para vistoriar o prédio na próxima semana, antes dele ser liberado para uso.

Logo após o incidente, no domingo, o presidente da Alba, Ângelo Coronel, informou que existe um Projeto de Lei tramitando na casa para a criação de uma Brigada de Incêndio especificamente para o Centro Administrativo da Bahia (CAB). Os detalhes também não foram divulgados. A assessoria informou que está com dificuldades para acessar a matéria por conta do problema com a internet.

Investigação

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) informou que o laudo da perícia será concluído em até 30 dias. Já a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as causas do incêndio. A 11ª Delegacia (Tancredo Neves) é responsável pela investigação.

Dois dias depois do incêndio, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que o fogo não comprometeu a estrutura do prédio, mas interditou o edifício. No laudo, os engenheiros recomendaram a interdição até que alguns reparos sejam feitos.

Segundo o documento, o forro do primeiro subsolo está com infiltrações generalizadas e corre o risco de cair, assim como os vidros da cobertura do plenário. Já no segundo subsolo, o forro de gesso também está com infiltrações devido à água jogada no combate ao incêndio.

O andar térreo está com a cobertura de fibra de vidro totalmente danificada e com o piso alagado. No primeiro e no segundo pavimentos, os engenheiros não identificaram danos e disseram que depois que a limpeza for concluída eles podem ser liberados.

FONTE: Correio