A cultura de prevenção ao risco ainda é muito incipiente no Brasil

Confira a entrevista com o economista, ecologista e jurado do Prêmio de Inovação em Seguros da CNseg, Sergio Besserman

Em 19 de dezembro de 2018, a CNseg realizará, no Rio de Janeiro, a cerimônia de premiação dos vencedores do Prêmio Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, cujas inscrições vão até o dia 28 de setembro.

O Prêmio, que está em sua 8ª edição e distribuirá em prêmios, tem, entre seus jurados, o economista e ecologista carioca Sergio Besserman, que é presidente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e professor do departamento de economia da PUC-Rio, além de comentarista de sustentabilidade e economia urbana de diversos veículos de comunicação.

Em entrevista para o Portal da CNseg, Sergio Besserman aborda a cultura do seguro e o papel da inovação para o mercado segurador e para a sociedade em geral. Confira.

Como você encara o estágio da cultura da prevenção ao risco no Brasil?

A cultura de prevenção ao risco no Brasil ainda é muito incipiente. Muitos fatores, econômicos, sociais, históricos, e até antropológicos, respondem por essa falta. Mas temos visto sinais de que essa realidade possa estar começando a mudar.

Na sua opinião, qual a importância de se promover a inovação no mercado segurador?

A inovação no mercado segurador, além de tornar mais adequadas e amigáveis as relações com os clientes, tem o imenso mérito de propiciar a disseminação da cultura de gerenciamento de risco, especialmente entre os mais jovens.

Como você entende o papel do seguro no desenvolvimento da sociedade?

A ciência ainda não desvendou o fenômeno da consciência, mas grandes avanços foram feitos nos últimos anos, por filósofos, neurocientistas e até matemáticos e físicos.

Essa será uma das grandes aventuras das próximas décadas. Antônio Dámasio, um dos mais conceituados neurocientistas da atualidade, considera a consciência profundamente ligada ao tempo.

Somos tão mais conscientes quanto mais nós compreendemos e agimos em função de nossa compreensão da história e de nossas esperanças, investimentos e desejos para o futuro.

Para além dos aspectos práticos, o papel do seguro em uma sociedade está fortemente correlacionada à quão consciente ela é.

Que outras iniciativas como o Prêmio da CNseg podem contribuir para o desenvolvimento da cultura do seguro?

O principal fator para o desenvolvimento da cultura do seguro é a maior valorização do conhecimento e da educação na sociedade.

Que conselho você daria para um profissional que pretende desenvolver um projeto de inovação no setor segurador?

Se colocar na posição do cliente.

FONTE: CNseg