O que você precisa saber sobre o seguro para esportes radicais

Apólices podem variar de acordo com o local que o turista vai, atividade que praticará e ainda se é um esportista amador ou profissional.

Quase sempre atrelada ao seguro viagem, a cobertura para esportes radicais traz algumas peculiaridades para quem pretende se aventurar por aí. No Brasil, elas acabam sendo ainda mais necessárias, pois, pelo terceiro ano consecutivo, o País foi considerado o melhor local do mundo para a prática de turismo de aventura, de acordo com o ranking internacional Best Countries, divulgado em julho de 2018.

Dentre as modalidades mais praticadas por nativos e turistas, estão o balonismo, surfe em grandes ondas, street luge, rafting, voo livre, base jump, rapel, motocross freestyle, wingsuit e paraquedismo (um dos esportes radicais mais populares no mundo). Mas o que ainda deixa muita gente na dúvida é quais modalidades são consideradas “radicais” e reservam uma cobertura.

A gerente Comercial e Marketing da Bidu, Michele Alves, ressalta que o segurado deve especificar no contrato a atividade que vai praticar no destino. “O cliente precisa informar que esporte será realizado para que haja a adequação correta no momento da contratação. Evitando problemas com a apólice e eventuais dúvidas”.

“Hoje, há empresas que oferecem produtos que são pensados especialmente para essas atividades radicais, mas há também coberturas amplas, que, mesmo não sendo específicas para essas modalidades, abrangem todas elas. ”, declara Alexandre Camargo, country manager da Assist Card para o Brasil.

“Na Assist Card, por exemplo, as coberturas acima de US$ 35 mil já oferecem a proteção com as Despesas Médicas e Hospitalares (DMH), podendo ser aplicadas para todos os esportes, inclusive os ‘radicais’”, explica.

Dados do Ministério do Turismo mostram que, apenas em 2017, o Brasil recebeu 6,5 milhões de turistas, o que fomentou a corrida para o aperfeiçoamento das coberturas.

Mas, na venda, ainda ocorrem dúvidas sobre quando a cobertura passa a valer. “O seguro se dá no momento do check-in e termina quando o viajante desembarca no país de origem (dentro da vigência da apólice). Caso ele sofra algum acidente no percurso de sua casa até o momento do embarque, não estaria coberto”, explica Agnaldo Abrahão, CEO do ITA Seguro Viagem.

O relatório da Best Countries considera que a liderança do Brasil acontece pelas condições climáticas favoráveis e pelo seu longo litoral, que atrai milhares de moradores e turistas. “Normalmente o foco desse tipo de produto não está apenas no esporte que será praticado, mas no local em que o turista está visitando, pois, o clima e outras condições naturais do local são considerados como fatores de risco. Por isso, o viajante tem que se atentar bastante no momento da contratação, ”, diz Agnaldo Abrahão, CEO do ITA Seguro Viagem.

Outro ponto importante é a apólice exclusiva para atletas profissionais, que pode ou não ter diferenças em relação ao produto vendido para quem pratica como amador. “Em casos de práticas esportivas, são excluídos atletas de alto desempenho ou atletas que estejam disputando uma competição que envolva remuneração, premiação, doação, patrocínio ou recompensa financeira de qualquer tipo”, exemplifica Camargo.

Já o CEO da ITA complementa que “no mercado, a prática de esporte profissional e amadora tem cobertura em planos específicos, podendo haver restrições em algumas modalidades, dependendo da seguradora, por isso deve-se consultar as condições gerais oferecidas por cada empresa”.

Michele explica que em casos de dúvida sobre o segurado ser ou não profissional, a seguradora pode fazer a análise do risco de acordo com as condições físicas do contratante. “Caso o segurado não declare ser amador ou profissional e haja dúvida por parte da seguradora, será avaliada a Declaração Pessoal de Saúde (DPS) respondida pelo segurado, além da abertura de sindicância”.

FONTE: Revista Apólice