Mais acidentes com carros sem seguro obrigatório

Fundo de Garantia Automóvel registou 1168 sinistros entre janeiro e março deste ano.

O número de acidentes com automóveis sem seguro cresceu no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período do ano anterior. De acordo com dados divulgados pela Autoridade de Supervisão de Seguros (ASF), foram comunicados 1168 sinistros sem cobertura de seguro nos primeiros três meses do ano, o que corresponde a uma média de 13 sinistros por dia.

Os números dos três primeiros meses de 2018 revelam um crescimento de 14% face ao mesmo período do ano passado, o que se traduz, em termos reais, em mais 144 sinistros.

A comunicação destes acidentes foi feita ao Fundo de Garantia Automóvel (FGA), o organismo que garante a reparação dos veículos vítimas de sinistros cujos responsáveis são desconhecidos ou não tinham seguro.

No âmbito das suas competências, o fundo recuperou nos três primeiros meses do ano 1,5 milhões de euros em reembolsos. Esta receita é o dobro da que foi recuperada nos três primeiros meses de 2017 junto dos responsáveis pelos acidentes.

O fundo tem direito a recuperar não só os montantes gastos na regularização dos sinistros, mas também os juros de mora.

Nos termos da lei, são solidariamente responsáveis pelo reembolso o detentor do seguro, o proprietário e o condutor do veículo causador do acidente, independentemente de sobre qual deles recaia a obrigação de celebrar o seguro.

Quanto a indemnizações, o fundo gerido pela Autoridade de Supervisão dos Seguros (ASF) pagou às vítimas 2 764 223 euros, menos 24% do que em 2017. Mais de metade deste valor foi pago por acordos extrajudiciais, tendo sido despendidos 1, 1 milhões de euros através dos tribunais.

O Centro de Informação do Fundo de Garantia Automóvel registou, durante todo o ano passado, 2318 processos, mais 10% do que em 2016, de acordo com o balanço anual feito pela a ASF.

As indemnizações pagas totalizaram 14,2 milhões de euros, mais 8% do que em 2016, enquanto os reembolsos atingiram 2,74 milhões, o que representa uma taxa global de cobrabilidade de 19%, mais 2% do que no exercício anterior.

FONTE: Revista Cobertura