Evento mostrou a cara do setor de desmontagem após as novas legislações.
A ABCAR (Associação Brasileira de Reciclagem Automotiva) realizou no começo de junho (entre os dias 1 e 3/06) o 1º Reclicaauto, encontro voltado a desmontagem automotiva.
O evento teve a exposição de empresas com soluções voltadas ao setor, como ferramentas e equipamentos para cortar latarias de carros a bateria, facilitando o trabalho de desmontagem, assim como serviços de guincho e prensagem de um veículo inteiro, em poucos minutos, e equipamentos para retirada de resíduos, softwares de gestão, entre outros.
Segundo Julio Luchesi, presidente da ABCAR, o encontro mostrou a nova cara do setor de desmontes, que antes vivia na informalidade e hoje é cada vez mais profissionalizado. “O evento ofereceu oportunidade de crescimento, atualização e valorização de quem trabalha há muito tempo neste ramo.
Além disso, mostrou o seu potencial de crescimento, que atinge apenas 8% do mercado movimentando R$ 2 bilhões por ano em São Paulo, tendo previsão de dobrar este valor no período de dois anos”, diz.
Outra novidade anunciada foi a parceria entre a ABCAR e o IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo), em que será lançado um curso de capacitação e aprimoramento para os profissionais de desmanches que queiram se especializar em desmontagem veicular. Será produzido em uma plataforma MOOC (Curso Online Aberto e Massivo) de forma a tender todas as regiões do Brasil.
Veja algumas informações importantes do setor de desmanches:
– Em janeiro de 2014 a Lei dos Desmanches passou a vigorar em São Paulo, pioneiro na regulamentação e que mais tarde influenciou a Lei Federal 129777/2014.
– Os empresários que se legalizaram têm que se cadastrar no site do Detran-SP e podem arrematar veículos vendidos como sucata ou destinados à reciclagem nos leilões promovidos pelo órgão. São exigidas notas fiscais de entrada e saída dos itens, com indicação dos compradores e vendedores.
– Algumas mudanças estruturais e ambientais também passaram a ser exigidas, como instalações e equipamentos que permitam a remoção e manipulação, de forma criteriosa dos materiais com potencial lesivo ao meio ambiente, tais como fluidos, gases, baterias e catalisadores; piso 100% impermeável nas áreas de descontaminação e desmontagem do veículo, bem como na de estoque de partes e peças; e área de descontaminação isolada, contendo caixa separadora de água e óleo, bem como canaletas de contenção de fluidos;
– Segundo a Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo, houve uma queda de 25,1% nos roubos e furtos de veículos de janeiro a abril de 2017 em relação a igual período de 2014, ano em que a lei entrou em vigor, e de 33% no primeiro trimestre em 2018.
Fonte: Cesvi Brasil