Nós somos o trânsito: Maio celebra a Década de Ação pela Segurança no Trânsito

Maio é o mês da conscientização no trânsito. Tudo porque celebramos a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020), ação da ONU na qual governos de todo o mundo se comprometem a tomar medidas para tornar o trânsito um local cada vez mais seguro para todos.

Elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), a iniciativa surgiu para tratar uma epidemia: os acidentes de trânsito. De acordo com esse estudo, o Brasil aparece em quinto lugar entre os países onde o trânsito mais mata. Parece exagero, mas é só olharmos para as indenizações do Seguro DPVAT, pessoal: somente no ano passado, foram 383.993 indenizações pagas relativas à acidentes, sendo mais de 41 mil por morte.

De acordo com a ONU, a chave para a redução da mortalidade é garantir que os países participantes atuem nos cinco fatores considerados de risco no trânsito: dirigir sob o efeito de álcool, excesso de velocidade, não usar o capacete, o cinto de segurança e as cadeirinhas para crianças.

O compromisso da Organização das Nações Unidas pede que os países reduzam pela metade as mortes em acidentes de trânsito até 2020. O objetivo em todo o mundo é salvar 5 milhões de vidas e evitar que 50 milhões de pessoas sofram lesões permanentes. Para comparar, é como se, em 10 anos, a ação pretendesse salvar as vidas de todos os habitantes das cidades de Porto Alegre, Belo Horizonte e Goiânia somadas. Bastante coisa, né?

Você deve estar se perguntando: 8 anos depois, o que já foi feito? Bastante coisa, pessoal! O Brasil deu passos importantes para reduzir os acidentes de trânsito, apesar de ainda estar longe das metas fixadas junto à ONU. Em 2011, quando passou a vigorar o acordo, morriam nas rodovias brasileiras, em média, 24 pessoas por 100 mil habitantes. Agora, são 18 por 100 mil. Tivemos avanços super importantes, como o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), aprovado no início desse ano, onde o principal objetivo é que o índice de mortes por grupos de habitantes e por grupos de veículos seja reduzido pela metade.

Mas é preciso pensar além das políticas e ações públicas, pessoal. Por isso, queremos te convidar para uma reflexão: o que podemos fazer para além disso? A resposta é simples: entender que nós somos o trânsito e que, cada ação pensada de forma consciente e levando a segurança em primeiro lugar, beneficia o todo.

Fonte: Viver Seguro no Trânsito