Economia treme com alterações climáticas

As alterações climáticas têm impacto de diversas formas. A economia não é uma exceção.

De acordo com as contas feitas pela Comissão Europeia, só contando com o impacto das inundações pode dizer-se que os prejuízos económicos diretos chegaram aos 90 mil milhões de euros nos últimos anos. Tendo por base os diversos setores de atividade é visível que a agricultura, os seguros e o turismo são os mais afetados.

Há regiões onde os fenómenos meteorológicos extremos estão a aumentar. Enquanto algumas zonas são fortemente afetadas pela chuva, outras que enfrentam seca extrema. Seja como for, o impacto faz-se sentir de diversas formas.

De acordo com o Jornal Económico, Filipe Duarte Santos, professor da Faculdade de Ciências na Universidade de Lisboa, “a indústria seguradora é dos setores que mais vai sofrer. Não só aumenta a temperatura média global como a intensidade dos fenómenos externos – cheias, inundações, secas, ciclones tropicais ou tornados”.

Recorde-se que no caso português, o setor dos seguros foi chamado, no ano passado, a indemnizar o maior volume de sempre por causa dos fogos.

Contas feitas, as seguradoras contabilizaram, no final de 2017, 230 milhões de euros de prejuízos nos incêndios de outubro. Os dados mostravam ainda que o distrito de Viseu tinha sido o mais afetado. As seguradoras davam conta de 4117 casos comunicados.

O perigo das alterações climáticas

As alterações climáticas têm vindo a merecer especial atenção por parte da ONU. Em fevereiro, António Guterres declarava que “o mundo corre o risco de perder a corrida contra as alterações climáticas por falta de ambição”. O secretário-geral da ONU sublinhou ainda que “as alterações climáticas são a maior ameaça coletiva do planeta e continuam a andar mais depressa do que nós próprios”.

Fonte: Jornal i