Seguradora atinge lucro líquido de R$ 1,1 bilhão em 2017

A Porto Seguro divulgou nesta quarta-feira (7) os resultados da companhia no quarto trimestre de 2017. Na operação de seguros, os prêmios auferidos evoluíram 8% no trimestre e 3% no acumulado do ano.

No seguro de automóvel, a seguradora obteve um crescimento de prêmios de 5% no 4T17, favorecido pelos reajustes de preços. A frota segurada reduziu 3%, atingindo 5,3 milhões de veículos (vs. 4T16), impactada pela maior competitividade e pela menor demanda.

Contudo, o mercado já mostra sinais de recuperação, com aumento de 9% na venda de veículos novos em 2017. Nos outros segmentos, os prêmios dos produtos Patrimoniais, Saúde, Vida, Odontológico e Transporte cresceram mais de 10% no trimestre.

O índice combinado de seguros melhorou 4,8 p.p. no trimestre e 2,2 p.p. no ano, atingindo 94,6% e 96,9% respectivamente (vs. 2016). No trimestre, a sinistralidade total alcançou 51,2% (-5,0 p.p vs. 4T16), a melhor marca trimestral dos últimos 10 anos, influenciada pelos reajustes de preços realizados no seguro auto e pelo aperfeiçoamento do modelo de subscrição de riscos e menor incidência de eventos climáticos nos produtos Patrimoniais.

O índice de despesas administrativas de seguros evoluiu 0,7 p.p. no 4T17 e 0,3 p.p. no ano, afetado principalmente pela desaceleração dos prêmios ganhos. Todavia, a soma dos índices de despesas administrativas e operacionais permaneceu praticamente estável (-0,1 p.p. vs. 2016).

As receitas das empresas Financeiras e de Serviços subiram 13% no 4º trimestre, intensificadas pela expansão dos negócios de Cartão de Crédito e Financiamento. O indicador de inadimplência das operações de crédito (> 90 dias) encerrou o trimestre em 4,5%, melhor índice dos últimos 5 anos e 1,7 p.p. menor do que a média de mercado.

O resultado financeiro apresentou uma redução de 43% no trimestre (vs 4T16), em consequência da queda do CDI médio em 46%. Contudo, as aplicações financeiras superaram o benchmarking, devido ao desempenho das posições em títulos com juros prefixados e indexados à inflação. A rentabilidade trimestral da carteira (ex. previdência) foi de 1,9% (107% do CDI) e de 10,8% (109% do CDI) no acumulado do ano.

O lucro líquido atingiu R$ 270 milhões no 4T17, correspondendo a uma redução de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o ROAE alcançou 15,7%. Desconsiderando os efeitos da mudança do cronograma de pagamentos do JCP[1], o lucro líquido recorrente do 4T17 teria crescido 9% (vs. 4T16).

No ano, o lucro líquido atingiu R$ 1,1 bilhão, um aumento de 20% e o ROAE foi de 16,9%. O resultado de 2017 foi favorecido pela venda da participação do IRB (Brasil Resseguros S.A) no valor líquido de R$ 126 milhões. Desconsiderando este efeito, o lucro anual recorrente seria de R$ 982 milhões (+6%) e o ROAE seria de 15,1%.

FONTE: CQCS | Ivan Netto