Seguradoras calculam prejuízo de pelo menos R$ 2 milhões com carros alagados em Curitiba

Valor pode ser ainda maior, já que muitos veículos atingidos pelos alagamentos ainda estão nas oficinas tendo os estragos avaliados.

A forte chuva que passou por Curitiba sábado (4) e domingo (5) desalojou 200 famílias e também foi o caos para muitos motoristas. A regional do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros e de Capitalização (Sindseg) estima prejuízo de pelo menos R$ 2 milhões com estragos em pelo menos 30 automóveis até esta quarta-feira (7). A entidade ainda não fechou o total de prejuízo, já que diversos veículos ainda estão nas oficinas especializadas para terem os estragos avaliados.

Conforme o Sindseg, além de carros estacionados nas ruas onde o nível de água subiu muito rápido, também houve prejuízo para automóveis que estavam em garagens da região central da cidade e outros que circulavam na hora da chuva, que atingiu 70,6 mm em apenas algumas horas – mais do que a metade da média total calculada para o mês de março, que é de 123 mm.

“Muitos destes carros têm muita tecnologia embarcada. Em um veículo como este, se a água entra e atinge o painel não tem mais o que fazer porque perde toda a qualidade de segurança do veículo, do sistema. Aí a seguradora paga o valor integral e ele sai de circulação”, explica Ramiro Dias, diretor-executivo do Sindseg. Segundo o dirigente, apesar da quantia expressiva, a capital já viveu situações piores.

Pelo levantamento da entidade, as áreas onde mais houve automóveis estragados foram os trechos da Linha Verde e da Avenida das Torres, além dos bairros Uberaba, Portão e Centro.

A estimativa repassada pela entidade leva em conta apenas os cerca de 230 mil automóveis segurados que circulam por Curitiba. Este número equivale a 24% da frota total de carros da capital, que é de aproximadamente 957 mil, conforme o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran). Isso quer dizer que, somados os estragos de veículos que não são segurados, o prejuízo pode ser ainda maior.

Conforme Dias, a cobertura do seguro em caso de prejuízos durante alagamentos e enchentes só vale se o motorista não tiver provocado o dano. “Se a pessoa sabendo do risco de ter um dano no carro e mesmo assim atravessar com água no motor não tem cobertura”, alerta o diretor.

Em situações de chuva e ventos intensos, outro ponto que preocupa são carros atingidos por árvores que cedem em vias públicas. Nesses casos, quem tem prejuízos como carros e portões amassados, por exemplo, pode recorrer à prefeitura para obter o ressarcimento do bem danificado. Mas Vale ressaltar também que algumas seguradoras já oferecem cobertura para acidentes por causas naturais. Nesse caso, o motorista deve ficar atento às cláusulas de sua apólice para saber se o seu seguro oferece esse tipo de serviço.

FONTE: Gazeta do Povo