SulAmérica apresentou lucro recorde em 2017

Um segundo semestre forte é característica do negócio, uma vez que pessoas usam menos o seguro saúde nos meses de novembro e dezembro.

A SulAmérica apresentou lucro líquido recorde de 773,3 milhões de reais no ano passado, alta de 11,2% em relação ao ano anterior. Apenas no terceiro trimestre do ano o lucro foi de 412,7 milhões de reais, alta de 31,2%.

Um segundo semestre forte é característica do negócio, uma vez que pessoas usam menos o seguro saúde nos meses de novembro e dezembro e as despesas da seguradora com reembolsos e pagamentos caem.

Para alcançar esses números, a companhia atuou em diversas frentes: aumento do número de segurados, crescimento das receitas, diminuição da sinistralidade e controle de custos.

A base de membros de saúde e odontológico chegou a 3,17 milhões, crescimento 9,4% em relação ao ano passado.

As receitas cresceram ainda mais que o número de usuários. No ano, a alta foi de 11,8%, para 4,8 bilhões de reais. As variações de custos de hospitais ajudam a impulsionar as receitas acima do aumento de número de clientes.

Outra melhora foi índice de sinistralidade, que é a diferença entre o que foi pago em prêmio, a receita, e o que foi pago de indenização aos clientes. O nível chegou a 69,9% no terceiro trimestre, queda de 3,2 pontos em relação ao mesmo período do ano passado, e 75,8% no ano, queda de 0,2 pontos.

Quedas

Em previdência, a empresa viu as receitas decrescerem 21,5% no último trimestre, com alta de 1% no ano. De acordo com Gabriel Portella, presidente da SulAmérica, a queda é explicada pela insegurança externa em relação a previdência, que afetou todas as companhias do mercado.

As receitas de capitalização também caíram 4,3% no ano. Um dos principais fatores é a crise do mercado imobiliário e aqueda nos preços de aluguéis, o que afeta o produto SulAmérica Garantia de Aluguel.

A expectativa é que, com a melhora do cenário externo, esses dois segmentos se recuperem.

Desafios

Como grande parte dos seguros saúde e odontológico são comercializados a partir de empresas, a crise econômica e o desemprego foram os principais desafios da seguradora nos anos anteriores.

Porém, os resultados operacionais de venda de seguros devem melhorar esse ano, acredita Portella, “com a redução do desemprego, a recuperação econômica e a retomada do crescimento”.

Para 2018, os obstáculos são outros. Com a queda da taxa básica de juros, a seguradora prevê desafios em sua área financeira. O resultado financeiro total somou 788,8 milhões de reais no ano, queda de 1,49% em relação ao ano anterior.

“Vamos ter que conviver com um resultado financeiro mais baixo e garantir resultados em outras áreas”, afirmou o presidente.

“As regiões periféricas ainda estão próximas de desmanches, que estamos combatendo”, admite o delegado Walter Sergio de Abreu, diretor da Delegacia de Investigações de Roubos de Veículos de São Paulo (Divecar).

FONTE: Exame