Mapfre cresce 3,3% e supera os € 700 milhões em resultados em 2017

  • Vendas do Grupo superaram os € 27,9 milhões e cresceram 3,3% em relação ao ano anterior
  • América Latina representa 34% dos prêmios globais e 32% dos resultados
  • Brasil representa 20% dos prêmios e 18% do resultado global

O faturamento da Mapfre no ano de 2017 totalizou 27,9 bilhões de euros (R$ 101,6 bilhões), um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior. Somente os prêmios de seguros superaram a cifra de 23,4 bilhões de euros (R$ 85,6 bilhões), com um crescimento anual de 2,9%.

O resultado do Grupo de 701 milhões de euros (R$ 2,6 bilhões), indica uma redução de 9,7%, impactado de forma importante pelas catástrofes naturais ocorridas em 2017, que afetaram o Grupo em 126 milhões de euros (R$ 458,8 milhões).

“Poucas companhias conseguiram absorver em seus resultados o efeito extraordinário das catástrofes naturais que tivemos no ano passado. Na Mapfre, assimilamos dois terremotos e três furacões ocorridos em diferentes locais do mundo.

Fechar o exercício com um resultado superior a 700 milhões de euros (R$ 2,6 bilhões) é uma demonstração de capacidade e solvência e da acertada estratégia que adotamos, baseada no crescimento rentável, que compensa esse tipo de situação excepcional”, destacou Antonio Huertas, presidente da Mapfre.

Foram destaques a boa evolução dos negócios na Espanha, assim como o excelente comportamento da atividade resseguradora, que mesmo com o impacto das catástrofes, gerou um resultado líquido de 163 milhões de euros (R$ 650 milhões) e um índice combinado de 94,8%.

O patrimônio líquido do grupo foi de 10,5 bilhões de euros (R$ 38,23 bilhões), apresentando redução em razão principalmente do impacto do câmbio decorrente das operações fora da zona do euro (696 milhões de euros, ou R$ 2,5 bilhões). Já os ativos totais do Grupo superaram os 67,5 bilhões de euros (R$ 245,8 bilhões).

O índice combinado da Mapfre situou-se em 98,1%, o que representa um excelente resultado técnico global. Sem os impactos das catástrofes este índice seria de 96,9% (0,5 pontos percentuais abaixo do ano anterior).

Dividendos

O Conselho de Administração chegou a um acordo para propor à Assembleia Geral de Acionistas um dividendo complementar, representando 4,9% de rentabilidade em relação aos preços atuais da ação. Desta forma, a Mapfre destinará 447 milhões de euros ao pagamento aos seus acionistas relativo aos resultados do exercício de 2017, a mesma quantidade que no ano anterior. Isto representa um pay out de 63,7%.

Cifras regionais

A Mapfre, principal multinacional seguradora na América Latina, aumentou seu volume de prêmios na região em 8,6%, totalizando 8 bilhões de euros (R$ 2,2 bilhões) em 2017. O resultado da operação somou 229 milhões de euros (R$ 833,8 milhões) na América Latina, ou seja 19% a mais que 2016. No conjunto, a área representa 34% dos prêmios e 32% dos resultados da Mapfre no mundo.

Já a atividade no Brasil cresceu 3,5% e gerou 4,5 bilhões de euros (R$ 16,6 bilhões) em prêmios, representando 20% das operações do Grupo no mundo. Os resultados somaram 128 milhões de euros (R$ 465,7 milhões), uma cota de 18,3% em relação ao resultado global. A redução de 11% nos resultados locais foi decorrente principalmente do aumento da sinistralidade na carteira de Autos e do menor volume de vendas no segmento de Vida do Canal Bancário.

“Acreditamos que as diversas medidas de revisão técnica adotadas em nossa carteira de Auto e a melhora do cenário macroeconômico devem gerar efeitos positivos em nossos resultados locais em 2018”, comenta Wilson Toneto, CEO da Mapfre no Brasil. O executivo destaca também a reformulação da parceria com a BB Seguridade, anunciada recentemente e em ainda curso.

Segundo Toneto, a conclusão deste processo produzirá incremento da participação acionária da Mapfre nos seus negócios no Brasil, permitindo avançar para uma estrutura de governança mais simples e eficiente e reduzir os custos internos, com melhora importante da produtividade e da rentabilidade dos negócios. “Acreditamos no País e seguiremos investindo no Brasil”, concluí o executivo.

FONTE: Revista Cobertura