Sompo Seguros estrutura ERP e se adequa à nova cobrança da Febraban

Empresa centralizou geração do número bancário para agilizar pagamentos

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estipulou, em junho de 2017, uma nova plataforma de cobrança, na qual os boletos emitidos pelas empresas deverão ter o CPF do cliente e registro no banco. A medida, que vem sendo instituída gradativamente, muda o dia a dia dos consumidores e dos empreendedores. Com a iniciativa, o consumidor pode pagar boletos em qualquer banco, mesmo que já vencidos. O sistema também auxilia na prevenção à fraude.

A medida exige adaptações de todo o setor financeiro. A primeira etapa obriga o procedimento para cobranças acima de R$ 50 mil, mas a Sompo Seguros, por exemplo, já adotou o procedimento em 100% de suas cobranças, o que representa cerca de 350 mil boletos por mês. A seguradora já vinha trabalhando na adequação do seu modelo e adotou progressivamente o novo sistema e toda a cobrança vem sendo feita por meio de Boleto Registrado.

Marco Aurélio dos Santos, superintendente financeiro da Sompo Seguros, conta que a adaptação começou no final de 2013, com a implementação do ERP da SAP, realizada em parceria com a Accesstage, especializada em soluções de intercâmbio de dados financeiros.

Santos comenta que o parceiro foi essencial para auxiliar no tráfego de artigos bancários junto aos bancos. Antes do uso do ERP, os arquivos eram enviados diretamente aos bancos, o que gerava grandes esforços da equipe. “Quando implementamos o ERP, criamos um layout único por forma de cobrança, como débito em conta e boleto bancário. Ela transforma esse layout para um bancário de forma única no ERP”, explica.

“Foi uma grande mudança. Agora, qualquer novo banco que a Sompo implemente formas de cobrança, não é necessário fazer alteração de layout no ERP.”

Pronta para o próximo passo

A arquitetura do novo sistema automaticamente deixou a Sompo pronta para a nova resolução da Febraban. “Fizemos apenas algumas alterações internamente”, pondera.

Com a demanda da Febraban, Santos explica que a Sompo centralizou a geração do número bancário. Por meio de um webservice, a empresa consegue emitir boletos on-line junto aos bancos e disponibiliza a primeira parcela ao segurado, já registrada. “Em segundos, ele já pode pagar o boleto. ”

Como a Sompo trabalha com praticamente todos os tipos de seguros, Santos diz que seria difícil para cada sistema de cada produto conseguir gerar estrutura para o sistema. “Por isso, o ERP foi primordial para conseguir centralizar a geração de boletos e demandas internas”, afirma.

Reflexos no setor

Santos acredita que o mercado de seguradora sempre foi mais conservador quando o assunto é inovação. Mas novas demandas, como essa da Febraban, estão de certa forma incentivando o setor a olhar com mais importância de iniciativas digitais.

“Estou há 20 anos no mercado de seguros e a estrutura, há três anos, era praticamente a mesma de quando eu entrei. De 2012 para cá, algumas seguradoras começaram a se preocupar mais com o digital. ”

O executivo afirma que diversos players do setor – e a própria Febraban – estão com dificuldades para rodar um sistema como esse, pois cada sistema tem sua estrutura própria. “A maioria estava na mesma estrutura que tínhamos. É uma dificuldade natural das seguradoras, por conta de sistemas de emissão separados”, completa.

Fonte: IT Forum 365