Operação Desmanche resulta na apreensão de 50 toneladas de sucata automotiva em Curumim

Um estabelecimento foi interditado, seu proprietário preso por crime ambiental e 50 toneladas de sucata automotiva recolhidas.

A primeira Operação Desmanche de 2018 ocorreu nesta quarta-feira (31), em Curumim, litoral norte do Estado. Um estabelecimento foi interditado, seu proprietário preso por crime ambiental e cerca de 50 toneladas de sucata automotiva recolhidas. O homem possui antecedentes por receptação e porte de armas.

De acordo com o coordenador da força-tarefa, coronel Cesar Augusto Pereira da Silva, a ação de hoje foi resultado de uma denúncia anônima recebida pela FT. “O trabalho da inteligência, somado às denúncias que chegam, possibilitam uma atuação mais eficiente do grupo. Essas informações são extremamente importantes, pois geralmente resultam em prisões por crimes como alteração em motores e chassi”, explica.

A ação busca combater a receptação e o desmanche de veículos roubados nos estabelecimentos irregulares, os chamados “ferros velhos”. Desde a primeira edição, em fevereiro de 2016, a operação contabiliza a prisão de mais de 60 pessoas, 92 locais interditados e mais de três mil toneladas de sucata automotiva apreendidas.

Trabalho integrado

A operação é resultado da união de esforços entre Polícia Civil, Brigada Militar (BM), Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Detran/RS. Além disso, as peças apreendidas são encaminhadas para a Gerdau, que, a partir da parceria com o Estado, as transforma em material de trabalho e dá um novo destino para os objetos por meio de reciclagem.

A ação já passou por 29 municípios: Curumim, Soledade, Santa Maria, Carlos Barbosa, Sapiranga, Eldorado do Sul, Erechim, Guaíba, Porto Alegre, Cachoeirinha, Portão, Gravataí, Viamão, Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro, Pelotas, São Sebastião do Caí, Estrela, Parobé, Esteio, Alvorada, Camaquã, Caxias do Sul, Arroio dos Ratos, Capão da Canoa, Torres e São Leopoldo.

Força-tarefa 

A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) coordena o trabalho e define os alvos, por meio do Setor de Inteligência. O IGP tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran RS autua administrativamente as empresas e coordena a apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A BM faz a segurança da operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).

Consulta a peças 

O consumidor pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas ao Detran RS. Essas empresas têm, na fachada, o logotipo do órgão. Além disso, cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar no site do Detran RS a relação de empresas credenciadas e fazer uma busca por peças e por município. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passam pelo aval de um responsável técnico, que atesta as condições de segurança.

Foto: Divulgação/FT Operação Desmanche – Texto: Comunicação da Secretaria da Segurança Pública