Incêndio em Salvador: empresas preferem autogestão ao seguro

Ao comentar o incêndio que atingiu a garagem de ônibus do Consórcio Salvador Norte, da empresa Integra, na madrugada de segunda-feira (29), o gestor de seguros Nelson Uzêda, afirmou que esse tipo de risco continua sendo coberto normalmente pelas seguradoras.

Contudo, as próprias empresas de ônibus optam pela autogestão, em razão do elevado custo do seguro. “Esse tipo de cobertura para frotas de ônibus era normalmente contratado até o advento do seguro multirrisco.

A partir de então, as seguradoras excluiriam os ônibus dos seguros compreensivos das garagens. Mas, pode ser contratado separadamente”, explica o especialista, em entrevista exclusiva para o CQCS.

Nesse incêndio, ocorrido em Salvador, as chamas começaram em um coletivo e atingiram outros veículos estacionados no pátio. No total, 58 ônibus foram destruídos.

Com isso, o transporte de passageiros em Salvador ficou seriamente afetado até o momento em que outros veículos foram remanejados.

A estimativa é a de que cada ônibus destruído pelas chamas custe, em média, R$ 400 mil. Nelson Uzêda ressalta, porém, que, como o valor do prêmio para a cobertura das frotas é muito elevado, o seguro não é viável para frotas grandes. “Para muitas empresas, não compensa contratar seguro, sendo melhor a autogestão do risco”, acrescenta o gestor.

FONTE: CQCS