As alterações climáticas vão mudar os seguros

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores apela aos cidadãos para estarem mais atentos às coberturas dos seguros, e para atualizarem os valores cobertos. 2017 foi um ano de recordes.

A associação Portuguesa de Seguradores espera apresentar ao Governo, ainda este ano, uma proposta de parceria para transferir para os privados parte do esforço de reconstrução em caso de catástrofes naturais.

O presidente, José Galamba de Oliveira, disse esta tarde, no Almoço TSF, que a ideia não é nova, mas a proposta está a ser atualizada.

Esta “PPP” dos seguros, está pensada para casos de sismo, mas pode ser alargada a outros cenários de maior ou menor destruição.

No ano passado, o setor segurador português foi chamado a indemnizar o maior volume de prejuízos de sempre, especialmente por causa dos fogos de 15 e 16 de outubro. Foram quase 250 milhões de euros, e a maior parte já foram pagos, aos clientes, pelas seguradoras.

José Galamba de Oliveira acredita que não houve atrasos nos pagamentos, na maioria dos mais de quatro mil seguros ativados. Mas o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores também alerta que é cada vez mais importante, os cidadãos e as empresas, atualizarem os valores segurados, para que eles possam acompanhar valorizações ou desvalorizações do património.

As alterações climáticas fazem as empresas de seguro antecipar uma mudança nos contratos, mas, acima de tudo, uma maior atenção dos clientes em relação às matérias cobertas pelos seguros. Para já, e neste ano, não se antecipam grandes mudanças nos valores dos seguros, nem nos contratos.

Fonte: TSF Online