Os microsseguros ou seguros inclusivos começam a atrair a atenção dos grandes grupos seguradores estrangeiros que já operam no Brasil.
É o caso da Sompo Seguros, que obteve da Susep, através de portaria publicada nesta quinta-feira (14/12) no Diário Oficial da União, autorização para operar microsseguros de danos e pessoas em todo o território nacional.
A intenção de atuar nesse segmento vem desde quando a Sompo (na época, atuando no Brasil como Yasuda) adquiriu o controle acionário da Marítima: “Estamos intensificando os estudos para em breve ingressar no segmento”, afirmou, na ocasião, o então vice-presidente da Marítima, Francisco Caiuby Vidigal Filho, atual presidente da Sompo.
Esse interesse certamente aumentou diante dos números expressivos registrados pelos microsseguros ou seguros inclusivos em plena crise econômica.
Segundo reportagem veiculada na Rádio CNSEG, esse segmento movimentou mais de R$ 245 milhões de janeiro a setembro deste ano, valor 63,4% maior que o apurado no mesmo período de 2016.
Além disso, entre 2015 e 2016, a receita apurada com a comercialização dos seguros inclusivos registrou alta de 128,5%, ou seja, mais que dobrou de tamanho.
Como o CQCS publicou nesta quinta-feira (14/12), há, inclusive, bons motivos para o corretor de seguros a ficar atento ao potencial dos microsseguros. “Os corretores de seguros devem colocar no radar a possibilidade de vendas massificadas de microsseguros em projetos específicos”, sugeriu o consultor Sergio Ricardo, acrescentando que esse foco deve ser mais intenso nos ramos de pessoas e, mais particularmente, nos seguros funeral e de acidentes pessoais.
Já o presidente da Comissão de Seguros Inclusivos da CNseg, Eugenio Velasques, disse para a Rádio CNseg que esse avanço do microsseguro indica que os brasileiros estão cientes da necessidade de ter um mecanismo de proteção. “A proteção do patrimônio e da renda passou a ser algo muito importante. ”, assinalou o executivo em entrevista para a Rádio CNseg.
Fonte: CQCS