Pilotando com segurança: mudança na formação dos motociclistas

Em busca de alternativas ao transporte público e para fugir dos grandes congestionamentos, muitos brasileiros encontram nas motos uma opção barata e eficaz. Segundo os dados do Anuário do Transporte, publicação divulgada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), nos últimos 15 anos a frota de motos aumentou 402,2%. Em números absolutos são 20,2 milhões de unidades registradas até 2015, ou 27% da frota nacional. Números bem grandes, não é, pessoal? Apesar disso, os motociclistas são os que mais sofrem acidentes e respondem por 74% das indenizações pagas pelo Seguro DPVAT de janeiro a outubro de 2017, de acordo com o Boletim Estatístico da Seguradora Líder.

Por aqui, a gente sabe que tem uma pergunta que sempre surge em relação a esses dados que falam sobre indenização: por que tantos motociclistas se envolvem em acidentes? Essa pergunta tem muitas respostas possíveis. Uma delas é a formação deste condutor, que encontra várias deficiências, como falta de padronização das aulas, o pouco preparo dos instrutores e a própria metodologia das aulas práticas, que preparam o motociclista para passar no exame, mas não a andar nas ruas.

Pensando nisso, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) está preparando um documento para reestruturar a formação de condutores a partir de 2018. Uma das novidades serão as cerca de dez mudanças a serem aplicadas no processo de formação. A boa notícia é que os interessados em tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vão passar mais tempo na prática antes de tirar a carteira. Vai ser preciso mais esforço antes de sair pilotando pelas cidades, pessoal!

O objetivo é melhorar a qualidade na formação dos futuros condutores. Entre as principais mudanças está o aumento da carga horária nas aulas, que irão passar de 70 para 90 horas. Além disso, o registro será por biometria e vídeomonitoramento da participação dos alunos nas aulas práticas e teóricas.

Esse documento vai ser enviado até o final de dezembro para o Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) e, caso as mudanças sejam aprovadas, elas passarão a ser aplicadas em 180 dias.

Fonte: Viver Seguro no Trânsito