Guia de Boas Práticas: como combater desperdícios e reduzir custos

Superintendente da FenaSaúde debate ações para evitar gastos desnecessários e incrementar resultados em saúde.

O relatório “O Financiamento da Cobertura Universal”, da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que de 20% a 40% de todos os gastos em saúde são desperdiçados por ineficiência. Esse é um dos dados disponíveis no “Guia de Boas Práticas para Evitar Desperdícios em Saúde”, elaborado pelos especialistas da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

A publicação traz orientações que visam à melhoria da sustentabilidade do setor e destaca práticas que aumentam os custos desnecessariamente, como postergar a alta do paciente para aumentar a permanência hospitalar e garantir a ocupação do leito; indicar tratamentos mais caros quando outros mais baratos entregam o mesmo resultado assistencial; solicitar exames desnecessários e a utilização, muitas vezes desnecessária, de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) no ato cirúrgico.

Segundo Sandro Leal, superintendente de Regulação da FenaSaúde, aprimorar a qualidade e reduzir desperdícios são temas que estão na ordem do dia de operadoras e prestadores de serviço, cada vez mais alinhados nessas questões.

Por essa razão e com o objetivo de debater soluções para evitar desperdícios e incrementar os resultados em saúde, Sandro Leal abriu o debate “Combate ao Desperdício e Redução dos Custos da Má Gestão – Ganhos do Setor”, promovido pelo Instituto Latino Americano de Gestão em Saúde (Inlags), nesta terça-feira, 5, no Rio de Janeiro.

O evento reuniu gestores de operadoras de planos de saúde, de hospitais e clínicas, e profissionais da área da saúde, além de gestores de RH das empresas contratantes no setor de saúde.

De acordo com o superintendente da FenaSaúde, o encontro foi uma oportunidade para o sistema de Saúde Suplementar debater as diversas fontes de desperdícios mapeadas, que se iniciam com a forma atual de remuneração dos profissionais de saúde. “Hoje, o modelo de pagamento muitas vezes incentiva a superprodução, quando deveria estimular resultados.

São inúmeras distorções que fazem com que se gaste demais, e o beneficiário pague mais do que deveria para ter acesso ao sistema de saúde. Essa mudança de paradigma, colocando a qualidade do tratamento e a segurança clínica no centro das discussões, tendo o paciente como elo principal do sistema de saúde, permitirá a saída desse modelo baseado em gastos excessivos.

A Saúde Suplementar pode passar para uma posição que privilegie o acesso à saúde e o cuidado com o paciente, tendo uma economia de recursos condizentes com a capacidade de pagamento da população”.

Confira aqui (http://fenasaude.org.br/fenasaude/publicacoes/guias-cartilhas/guia-de-boas-praticas-para-evitar-desperdicios-em-saude.html) o “Guia de Boas Práticas para Evitar Desperdícios em Saúde”

Fonte: FenaSaúde