Por dentro da fiscalização eletrônica

O número de acidentes de trânsito no Brasil segue alarmante, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O país é o quarto colocado em número de mortes nas Américas, atrás apenas da República Dominicana, Belize e Venezuela.

Realidade bastante triste, não é, pessoal? Os dados do Boletim Estatístico divulgado pela Seguradora Líder confirmam esse quadro: eles apontam que somente as indenizações por morte cresceram 27% em relação ao mesmo período de 2016, atingindo 34.105 mil casos.

Para tentar diminuir esses índices e garantir a segurança de todos os atores do trânsito, a fiscalização eletrônica se tornou um recurso de monitorar as ruas, estradas e avenidas de todo o Brasil. Mas você já se perguntou como eles funcionam? Vamos conhecer um pouco mais!

Conhecidos de diferentes maneiras pelo país afora, os aparelhos – também chamados de radares, pardais, caetanos, entre outros regionalismos – estão espalhados pelas estradas das cidades. E temos uma curiosidade para compartilhar: vocês sabiam que os radares são somente os sistemas móveis, como as pistolas e equipamentos colocados em tripés à beira da pista ou nas viaturas? Os demais têm outros nomes e não usam radar, mas sim sensores eletromagnéticos instalados na pista. A propósito: radar é a sigla em inglês para Radio Detection Adn Ranging, que pode ser traduzido como “detecção e variação (de distância) por rádio”.

Radares Móveis

Esses radares são tipo uma pistola que usam o efeito Doppler para detectar o aumento de velocidade. A partir do acionamento, o aparelho emite um sinal ao veículo e faz a medição. A pistola conta com um sensor fotográfico que é ativado com base na velocidade máxima estipulada para o local. Caso a velocidade medida seja superior ao limite programado, a câmera é disparada e fotografa o infrator.

Há também os radares que funcionam como tripés e são instalados próximos a postos de polícia nas estradas. Neste caso, o aparelho dispara uma micro-onda em um ângulo de 20 graus em direção ao solo. Quando um carro passa pela área coberta, o sinal é interrompido brevemente. Esse tempo de interrupção é usado pelo aparelho para calcular a velocidade.

Nos dois casos mencionados, só é possível o monitoramento de um automóvel por vez.

Lombadas Eletrônicas

Você sabia que o Brasil foi um dos primeiros países a utilizar a fiscalização eletrônica de velocidade através de equipamentos fixos, com a instalação das primeiras lombadas eletrônicas? Isso aconteceu em 1992 e, até hoje, a fiscalização é considerada um êxito no monitoramento do trânsito. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte, o DNIT, desde a implantação do sistema, foi possível a redução de aproximadamente 70% dos acidentes de trânsito. Bem legal, não é?

Detectores Fixos

Os aparelhos fixos, muitas vezes chamados de pardais, usam sensores eletromagnéticos e a interrupção do sinal para calcular a velocidade. Portanto, eles não são radares, viu, pessoal? Quando o veículo passa pelo primeiro sensor, ele emite um sinal para um computador que avalia a velocidade com base na distância exata entre o primeiro sensor e os demais instalados na pista. No total, são três sensores que monitoram e fotografam o momento da infração com a hora, velocidade e local.

Pouco importa o nome e a tecnologia empregada: o importante é termos um trânsito mais humano, com menos acidentes e mais respeito às regras de segurança. Todos esses elementos que citamos no texto, como os pardais, os radares e as lombadas eletrônicas, são ferramentas essenciais para atingirmos esse objetivo. Mas a conscientização de cada motorista continua sendo o fato mais importante.

Fonte: Viver Seguro no Transito