Viajantes europeus se preocupam menos com segurança em suas viagens

Os brasileiros possuem maior preocupação com sua segurança pessoal, entre os países da região latino-americana, representando 62% que se consideram um pouco preocupados (20%) ou muito preocupados (42%) com este assunto.

Recentemente, a pesquisa desenvolvida pela Carlson Wagonlit Travel descobriu que 37% dos viajantes europeus se preocupam com segurança e assistência em viagens. Nas Américas, 47% têm preocupação com riscos à sua segurança em viagens em cerca de metade do tempo, enquanto 56% dos viajantes da Ásia Pacífico são os mais preocupados com o assunto.

– Apesar dos recentes ataques terroristas no mundo, viajantes corporativos dizem que estão mais preocupados com outros assuntos, e isso é surpreendente. Descobrimos que, sim, o mundo parece oferecer mais riscos, às vezes, mas os viajantes acreditam que possuem mais ferramentas à sua disposição para mantê-los informados e seguros – disse Simon Nowroz, Chief Marketing Officer da Carlson Wagonlit Travel.

Terrorismo é classificado apenas em quinto lugar (35%) entre as preocupações com segurança, apesar da alta visibilidade de ataques terroristas, atualmente. ‘Esquecer algo importante para o trabalho’ é classificado em posição mais alta (40%), como também ‘perder algo importante’ (38%), ‘sofrer furto ou assalto’ (37%), e até mesmo ‘condições climáticas’ (37%).

A pesquisa CWT Viajante Conectado, realizada com mais de 1.900 viajantes, descobriu que 67% dos viajantes a negócios acreditam estar mais seguros hoje do que no passado, pois possuem mais ferramentas para diminuir preocupações com segurança. Sete entre 10 viajantes utilizam ao menos um dos protocolos de segurança de sua empresa, tais como um rastreador de viajante ou perfis de contato de emergência, e 68% compram um seguro viagem.

O estudo revelou algumas preocupações, por exemplo, no qual um em cada cinco viajantes já cancelou uma viagem devido a riscos à sua segurança, e 30% dizem se preocupar com sua saúde e bem-estar quando estão em trânsito.

Os brasileiros possuem maior preocupação com sua segurança pessoal, entre os países da região latino-americana, representando 62% que se consideram um pouco preocupados (20%) ou muito preocupados (42%) com este assunto. Quando analisados dados específicos, brasileiros são os que mais se preocupam em serem roubados ou sofrerem ataques (51%), mas também demonstram preocupação com condições climáticas (42%).

Eles se beneficiam dos protocolos de segurança oferecidos por suas empresas mais frequentemente do que seus colegas de outros países das Américas. Mais da metade dos brasileiros entrevistados (54%) mantêm informações de contatos de emergência atualizados (sendo 38% a média regional) e 43% recebem notificações de riscos em tempo real, comparado a apenas 33% dos viajantes da região.

Os viajantes do Brasil, ainda, adquirem seguro viagem com maior frequência em relação a viajantes regionais, com 41% tendo comprado sempre e 38% tendo apenas comprado este serviço às vezes.

O estudo descobriu algumas diferenças interessantes entre as regiões das Américas, Ásia Pacífico (Apac) e Europa, Oriente Médio e África (Emea). Por exemplo, apenas 7% dos viajantes da Apac dizem não se preocupar com sua segurança pessoal enquanto viajam a negócios.

Esta porcentagem cresceu para 12% para os viajantes das Américas e 21% entre viajantes de Emea. Isso está refletido no fato de que viajantes da Apac demonstram estar melhor preparados. Mais da metade (52%) dos viajantes da Apac mantêm um perfil de contato de emergência atualizado, em comparação a 38% nas Américas e somente 34% em Emea.

Viajantes da Apac também estão mais propensos a se cadastrarem para notificações de riscos em tempo real, sendo 41%, somente 33% o fazem nas Américas e somente 29% em Emea. Entrevistados da Apac se antecipam mais sobre assuntos de saúde locais ou sobre fornecedores de serviços de saúde. 35% dos viajantes da Apac planejam quanto a estes serviços, contra 25% nas Américas e 20% em Emea.

– Os viajantes de hoje são sofisticados. Eles se cadastram para receber alertas, prestam atenção às notícias e usam as ferramentas disponíveis para se manterem informados. Por isso, enquanto viagens podem parecer arriscadas, de certa forma, eles tomam as medidas para se manterem seguros – disse Nowroz.

Intenção do brasileiro de viajar nos próximos seis meses é a maior do ano

Para 26,5% dos brasileiros a expectativa é de viajar nos próximos seis meses. É o que diz um estudo do Ministério do Turismo. Trata-se do maior percentual registrado este ano e coincide com a chegada da alta temporada no país marcada pelo início do verão, férias escolares e festas de fim de ano. Deste total, 81,8% deverão aproveitar para descobrir os vários atrativos que os destinos domésticos oferecem.

O automóvel aparece como vice-líder nos meios de transporte que deverão ser utilizados por quem deseja colocar o pé na estrada: 32,5%, atrás apenas do avião que se mantém líder com 57,1% da preferência. Em relação aos meios de hospedagem, hotéis e pousadas seguem como sendo a opção de preferência entre os entrevistados: 46,6%. Em seguida aparece a casa de amigos e parentes com 37,2% e residência própria com 8,3%.

– O Brasil é repleto de destinos e atrativos capazes de agradar e encantar os mais diversos perfis de turistas. Essa pesquisa mostra que o brasileiro quer descobrir essas belezas e estamos muito confiantes que essa movimentação vai impulsionar o setor de viagens no país – afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

Em relação ao destino, o Nordeste se mantém na liderança e segue sendo a região mais desejada pelos viajantes nacionais com 49% da intenção de viagem. O Sudeste deve ser o escolhido por 23,4%, seguido do Sul (14,3%), Centro-Oeste (8,7%) e Norte (4,6%).

A Sondagem do Consumidos – Intenção de Viagem é realizada mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Juntas, essas capitais representam 70% do fluxo turístico doméstico brasileiro.

Fonte: Sindseg-SP