Jovens refugiados recebem apoio para conquistar emprego no Brasil

Com iniciativa que capacitou 27 jovens refugiados, entre 16 e 24 anos, de países como Angola, República Democrática do Congo, Serra Leoa e Síria, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, junto com a Acnur (Agência da ONU para Refugiados) e a PARR (Programa de Apoio para a Recolocação de Refugiados) realizou a formatura de sua primeira turma.

Os alunos receberam aulas gratuitas durante dois meses em São Paulo, para capacitação profissional e, assim, poderem atuar no mercado de trabalho brasileiro, além disso, os participantes receberam indicações de oportunidades de trabalho em empresas brasileiras.

Na abertura da cerimônia, Luis Gutierrez, presidente do Grupo BB Mapfre Auto, Seguros Gerais e Affinitys, contou sua trajetória na companhia, também como um estrangeiro no país. “Entrei na Mapfre há 30 anos, com seguro residencial. E hoje, 30 anos depois, estou aqui porque a vida me fez forte, porque em cada um dos momentos duros eu lembrava que tinha coisas piores do que estava passando”. E completou: “Hoje é um motivo de grande honra ter vocês aqui e quero pedir, estão mais bem preparados para aproveitar as oportunidades e curtir o sucesso. Se hoje eu estou aqui, todos vocês podem”.

O projeto começou com a ideia no Comitê de Mulheres do Brasil, que trabalha com educação. “Enquanto cada um de vocês não estiverem inseridos no mercado e trabalhando, não iremos sossegar”, enfatiza Cynthia Betti, diretora de RH da companhia.

Ela conta que o projeto “Inserção de refugiados no mercado de trabalho” conta com outras empresas parceiras como Serasa, Gradual Investimento, Tozzinni Freire, Tokio Marine, Projeto RH, Unicred do Brasil, Magazine Luiza, Fundação Dom Cabral, Hotéis Blue Tree. “Não são somente as empresas parceiras que podem contratar, mas todas que tiverem essa disposição”, completa.

Para Camila Sombra, da Acnur, “a imagem que se tem quando se fala de refugiados é de campos de refugiados, mas a maioria deles vive em um contexto urbano e a América Latina é o local que se tem mais soluções para essas pessoas”.

Neste clima de superação, Suzana Opatrny, presidente do Instituto Techmail, ressaltou que “Todos da Techmail se sentem privilegiados por participarem de um projeto tão ousado, onde educadores foram verdadeiros coachs de vida e de apoio profissional. Quero que esse projeto prossiga e tenho certeza que o Brasil pode ser um país melhor, inserindo refugiados no mercado de trabalho”.

Cynthia Betti comenta sobre o projeto Programa Jovem Aprendiz Refugiado:

https://www.facebook.com/RevCobertura/videos/1517273568332893/

Fonte: Revista Cobertura