Santa Comba Dão foi das áreas mais afetadas pelos incêndios.
Catástrofes naturais custaram 571 milhões de euros em indenizações às seguradoras na última década em Portugal.
O ano de 2017 está a ser o pior da última década em matéria de catástrofes naturais em Portugal. Os 200 milhões de euros de indemnizações pagas por seguradoras nos incêndios de 15 e 16 de outubro deste ano representam mais de um terço do valor global de 571 milhões pago por causa de catástrofes desde 2006.
Segundo dados da Associação Portuguesa de Seguradores, o valor relativo à catástrofe de outubro ainda é provisório, mas supera os 141 milhões de euros relativos a indemnizações pagas devido à tempestade que assolou a Madeira em fevereiro de 2010.
Nos incêndios de outubro foram afetadas mais de 500 casas e 300 empresas. Além do incêndio de outubro, o de Pedrógão Grande, em junho, gerou 22,4 milhões de euros em indemnizações e causou 65 vítimas mortais e 14 feridos graves.
Em área ardida, 2017 regista o valor mais alto desde 2007, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Entre 1 de janeiro e 16 de outubro de 2017, registaram-se em Portugal “3639 incêndios florestais e 12 974 fogachos que resultaram em 418 087 hectares de área ardida de espaços florestais, entre povoamentos e matos”.
Comparando os valores de 2017 com o histórico dos dez anos anteriores, representa uma subida de “407% de área ardida relativamente à média anual do período. A somar aos incêndios, algumas regiões do país estão a ser afetadas por uma seca que está a afetar culturas e a obrigar à adoção de medidas para manter o abastecimento de água às populações.
Fonte: Diário de Notícias – Lisboa