Encontro acontece em São Paulo e é promovido pela FenaSaúde
Fraudes e desperdícios em saúde, judicialização da área e gastos com próteses, órteses e materiais especiais. Esses são os temas que estão na pauta da terceira edição do Fórum da Saúde Suplementar, que acontecerá nos dias 5 e 6 de outubro, no Hotel Sheraton WTC, promovido pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). O evento reunirá profissionais brasileiros e estrangeiros para debater temas relevantes ao desenvolvimento do setor.
Se no primeiro fórum o mote central foi Sobrevivência, e no segundo, Escolha, o deste ano é Ação. “Mudanças não acontecem de imediato. A ideia é criarmos uma agenda de ações para os grandes temas do momento”, afirma José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde. A organização espera reunir cerca de 450 pessoas, nos dois dias. Foram convidados representantes de operadoras de saúde suplementar, hospitais, consultorias, advogados e empresas contratantes, assim como ANS, Ministério da Saúde, Anvisa, Procon, Defensoria Pública e Judiciário.
Programação
O fórum terá quatro painéis. O primeiro deles, na abertura do encontro, com o tema Experiências e Desafios com Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME): EUA e Brasil. Carmella Bocchino, vice-presidente de Planejamento Estratégico e Assuntos Clínicos da Associação Norte-Americana de Planos de Saúde, falará sobre a prática dos Estados Unidos no combate a fraudes e abusos envolvendo OPMEs.
Na mesma mesa, falarão Irlau Machado Filho, presidente da NotreDame Intermédica Saúde e Manoel Peres, diretor-geral da Bradesco Saúde. E estarão como debatedores Edmond Barras, chefe do Serviço de Clínica e Cirurgia da Coluna Vertebral da Beneficência Portuguesa de São Paulo e Jarbas Barbosa, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Muitas cabeças pensando conseguem ver mais soluções para um problema”, aponta José Cechin.
Na tarde do dia 5, o painel Cooperação Público-Privada no Combate a Fraudes e Abusos em Saúde será apresentado por Rick Munson, presidente do Conselho de Diretores da National Health Care Anti-Fraud Association (NHCAA) e vice-presidente de investigações da United Health Care.
Ele falará sobre os mecanismos para combater fraudes no setor: como prevenir, detectar, apurar e comprovar o crime, assim como punir os infratores e recuperar os danos causados por eles. “O exemplo americano pode servir de inspiração para o sistema de saúde brasileiro, público e privado. Se a sociedade é leniente e não investiga as fraudes, elas aumentam”, afirma Cechin. Participam do debate ainda Sérgio Ricardo, CEO da Amil, Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein, e Cláudia Alice Cohn, presidente da Abramed.
No segundo dia, o painel Cobertura, Concorrência e Escolhas tem como convidada Rachel David, CEO da Private Healthcare Australia. “Queremos expor à sociedade os modelos de planos de saúde australianos, as coberturas oferecidas pelos sistemas público e privado, a escolha de produtos do mercado e a incorporação de novas tecnologias”, diz Cechin.
Completam a mesa Karla Santa Cruz Coelho, diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Emmanuel Lacerda, da CNI, e Luiz Augusto Carneiro, CEO do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Por fim, o painel Custos Crescentes da Saúde: O que Fazer? Encerra o evento. Niall Brennan, presidente e CEO do Instituto Norte-Americano de Custos da Saúde Suplementar vai abordar a importância da transparência na redução dos gastos do setor. Luiz Roberto Cunha, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro debaterá com ele. E a mediação será de Marcio Serôa de Araújo Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).
Fonte: CNseg