Hato: Seguradoras avaliam prejuízos em quase 3 mil milhões de patacas

As seguradoras avaliaram os prejuízos causados pela passagem do tufão Hato pelo território em 2,9 mil milhões de patacas. Até ao momento, apenas 20 milhões de patacas foram atribuídos, estando a maioria dos casos relacionados com indemnizações por morte ou ferimentos. Os dados foram avançados ontem por Benjamin Chan, no mesmo dia em que tomou posse como presidente da Autoridade Monetária de Macau.

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) registou 19 mil casos de pedido de indemnização devido aos danos patrimoniais causados pelo tufão Hato, a 23 de Agosto. A avaliação dos prejuízos, feita pelo sector, envolve um montante de 2,9 mil milhões de patacas. Até ao dia 11 deste mês, o número de casos aprovados ascende a apenas 20 milhões de patacas e dizem respeito ao pagamento de seguros por “morte e lesão corporal”.

“As seguradoras desenvolveram, com a maior brevidade possível, os processos de tratamento dos casos e até agora não recebemos qualquer reclamação em relação à indemnização”, afirmou ontem Benjamin Chan, à margem da cerimónia de tomada de posse como presidente da Autoridade Monetária de Macau (AMCM).

Chan garantiu que a entidade reguladora mantém “uma comunicação muito estreita”, neste momento, quer com as seguradoras, quer com a Associação de Seguradoras de Macau. “Em relação à adopção de medidas para aperfeiçoar a situação, nós também estamos a analisar com a associação quais são as medidas que podemos tomar para ajudar as pequenas e médias empresas”, explicou Chan. “Estamos ainda a analisar a hipótese de pedir às empresas para colocar os produtos em lugar mais alto para prevenir a ocorrência dos prejuízos que possam advir das inundações”, disse aos jornalistas.

Na mesma ocasião, Lionel Leong referiu que funcionários da Direcção dos Serviços de Economia (DSE) e do Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM) vão reforçar os trabalhos de visita às pequenas e médias empresas afectadas pelo Hato para “ajudá-las a estudar a viabilidade de instalar plataformas elevatórias, cujo objectivo é garantir, no futuro, a possibilidade de, num curto espaço de tempo, elevar os produtos até uma certa altura, minimizando os prejuízos em caso de inundações, bem como, através deste sistema, contribuir para que os estabelecimentos comerciais consigam adquirir seguros mais ao alcance das suas possibilidades, seguros contra danos por água”.

O novo presidente da Autoridade Monetária de Macau, que substitui Anselmo Teng, indicou que o organismo que lidera e as empresas seguradoras já discutiram se a colocação dos produtos a uma altura mais elevada nos estabelecimentos comerciais vai pôr em causa a cobertura de possíveis estragos: “Isto depende da apólice estabelecida no futuro pelas seguradoras porque tem a ver com os riscos. São oferecidas diferentes coberturas”, sublinhou, remetendo o esclarecimento dos detalhes para as próprias empresas.

O novo presidente da AMCM indicou ainda que “não há uma situação muito grave em termos de situação financeira das seguradoras”.

Fonte Ponto Final –  Por Joana Figueira – Fotografia: Eduardo Martins