Empresa nenhuma do mundo perde dinheiro investindo em educação

O advogado João Marcelo Máximo dos Santos é presidente da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e sócio da Santos Bevilaqua Advogados. Ex-diretor e superintendente substituto da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), é especialista em Direito Tributário, Seguro e Resseguro e autor de autor de diversos artigos sobre esses temas. Em entrevista ao Portal da CNseg, fala sobre a Certificação Profissional CNseg, cujo prazo de inscrição para a terceira edição vai até o dia 15 de setembro. Confira!

Como uma iniciativa como a CPC pode contribuir para a conscientização da população a respeito da importância do seguro?

Educação sempre é bom. E em um mercado que ainda precisa crescer muito, que ainda precisa convencer a população de sua utilidade, falar em educação é sempre muito importante, porque, assim, esse setor poderá realizar mais vendas, oferecer mais produtos, desenvolvendo-se de forma geral.

Você acredita que o aumento no nível de qualificação dos profissionais do setor segurador possa contribuir para um incremento dos negócios e do lucro das empresas?

Em nenhum lugar do mundo onde houve investimento em educação as empresas perderam dinheiro, muito pelo contrário. Nesses casos, elas só têm lucros maiores e retornam mais benefícios para a sociedade. Então, não tenho dúvidas que a educação é um elemento fundamental para fazer com que o seguro seja cada vez mais compreendido, não só pelo próprio mercado, mas também pela população em geral.

As empresas do setor já estão valorizando os profissionais com Certificação Profissional CNseg? O que mais essas empresas podem fazer para contribuir para a consolidação da CPC?

Tive a honra, quando atuei na Susep, por volta de 2005 e 2006, de ter participado da elaboração da primeira resolução que tratava de certificação técnica de alguns profissionais. No começo, parecia que era algo que iria avançar devagar, mas percebemos, então, que o mercado foi comprando essa ideia. E, hoje, temos a CNseg imbuída dessa energia para fazer a coisa funcionar. De resto, é perseverar no caminho, continuar se preocupando com a divulgação e, naturalmente, o mercado vai acabar selecionando os mais qualificados. E com mais gente mais bem qualificada, daqui há pouco, estaremos em um segundo nível de qualificação, quando não veremos mais profissionais indecisos quanto a buscarem a qualificação ou não, mas, sim, profissionais buscando uma terceira ou quarta qualificação. Será como nos Estados Unidos, onde os cartões de visita dos profissionais já trazem, muitas vezes, diversas siglas, que são as qualificações profissionais obtidas por eles. No Brasil, com certeza chegaremos a esse nível, mas trata-se de um processo lento e, portanto, o que precisa ser feito é um trabalho de consistência, com visão de longo prazo. Assim, mudaremos para melhor.

Por enquanto, como o mercado de seguros ainda tem uma representação baixa, a educação é ainda mais importante, pois você prepara os profissionais que atuam nessa atividade para divulgar melhor essa cultura, para melhor alcançar o cidadão, para achar melhores oportunidades, conhecer melhor as experiências internacionais e trazer para o Brasil. Então, educação é um elemento que vai gerar, sem dúvida alguma, um incremento do mercado segurador e aumentar o lucro das seguradoras, pois não se perde dinheiro quando se investe corretamente em educação.

Além das seguradoras, o que as demais instituições do setor podem fazer para fortalecer a CPC?

Acho que o mercado tem que valorizar cada vez mais a CPC, contratando pessoas certificadas. Se as seguradoras valorizam, os profissionais ficam mais estimulados para se qualificarem e cria-se assim um círculo virtuoso.

Para mais informações sobre a Certificação Profissional CNSeg, acesse o hotsite do evento

http://cpc.cnseg.org.br/ 

Fonte: CNSeg