Insurtechs prometem revolucionar o mercado de seguros

O exemplo do que vem acontecendo no mercado financeiro está caminhando a passos largos para se tornar uma realidade também no setor de seguros. Se as chamadas fintechs, startups de tecnologia para o mercado financeiro, como o Nubank, representam um desafio e tanto para os bancos, no mercado segurador, as insurtechs, empresas de alta alavancagem que atuam no segmento de seguros, já começam a mexer nas bases das seguradoras tradicionais.

Matéria publicada no portal administradores.com.br chama a atenção para essa realidade, destacando o setor que, segundo dados da Susep, arrecadou, em 2016, R$ 239,3 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 9,2% em relação ao ano anterior.

O volume de indenizações, benefícios, resgates e sorteios pagos aos segurados foi de R$ 121,6 bilhões. A reportagem destaca que, além disso, o mercado segurador é “necessário para o funcionamento do próprio sistema econômico, o que favorece seu crescimento mesmo em anos de crise”.

“As seguradoras convivem com sistemas legados difíceis de manter e integrar com o novo mundo digital. Os sistemas e processos não foram construídos com a nova demanda de usabilidade e são pouco flexíveis e adaptáveis”, enfatizou o CEO e fundador da Minuto Seguros, Marcelo Blay, ao portal administradores.com.br.

Para Blay, as seguradoras que estão tendo sucesso são aquelas que se aproximam deste ecossistema digital e desenvolvem soluções em conjunto com as mais variadas startups ao invés de tentar buscar as soluções sozinhas.

Já Cristiano Maschio, CEO da Next On, startup criada em 2016 e acelerada pela Visa, que oferece uma plataforma para outras empresas oferecerem seguros aos clientes sem aumentar os custos e com a promessa de dobrar a receita, explicou à reportagem que “o mercado brasileiro é gigantesco, mas é altamente regulamentado o que reprime alguns processos de inovação, você leva mais tempo com seguros do que em outro segmento”. “Percebemos esta demanda através da ineficiência do sistema de seguros e financeiro atual”, disse.

A matéria traz ainda dados do relatório Insurance Technology Trends, elaborado pela FTPartners e publicado em dezembro do ano passado. O levantamento aponta que “o mercado de seguros é amplamente visto como a próxima grande oportunidade para as empresas que compõem o ecossistema das fintechs”.

A complexidade e regulação extrema, aliados a processos ultrapassados, tornam o mercado tradicional de seguros pouco inovador, conforme o relatório. “O estudo aponta também quatro áreas promissoras para disrupção: distribuição de seguros; dados; vendas, marketing e engajamento e administração de seguros.

Entre os maiores problemas do mercado, estão um sistema de distribuição e comunicação ineficientes, falta de clareza sobre os preços e tecnologia arcaica”, esclarece a matéria do portal administradores.com.br.

Fonte: Ivan Netto | CQCS com informações do administradores.com.br