BB Mapfre indeniza R$ 190 milhões a produtores rurais por perdas nas safras de milho e soja

O excesso de oferta, no caso do milho (a safra cheia de verão e a expectativa de safrinha também abundante), que contribuiu para o recuo de preços, e as adversidades climáticas (seca prolongada e chuva excessiva), que atingiram as principais regiões produtoras de soja no país e afetaram a produtividade das lavouras, contribuíram para que 2.000 produtores rurais fossem prejudicados.

Àqueles que contrataram seguro para estas duas culturas na modalidade faturamento – cobre prejuízos advindos de variações no preço combinados com perdas ou não de produção – serão pagos mais de R$ 190 milhões em indenizações pela BB Mapfre. Mais de 2.000 avisos de sinistro foram recebidos pela seguradora nos últimos meses.

Nesta safra de verão, as maiores perdas foram registradas nas lavouras de soja (R$ 156 milhões em indenizações), afetadas pela combinação de perdas de produção (seca) com o preço de referência no mercado para a cultura, divulgado pela ESALQ/BM&F.

No caso do milho, chamam a atenção as perdas decorrentes exclusivamente por preço (R$ 16 milhões em indenizações). Mesmo sem quebra na produção do grão, a expressiva variação do preço trouxe faturamento abaixo do valor garantido pelo seguro, razão pela qual quase 800 produtores rurais serão indenizados, em todo o país.

“A possibilidade de proteção contra prejuízos decorrentes de variações de preços nas principais commodities agrícolas tem levado os produtores a optar pela contratação do seguro de faturamento, que cobre a receita ou o faturamento esperado pelo produtor.

Com ou sem perdas climáticas, no que concerne à variação do preço, a seguradora indeniza a diferença entre o faturamento obtido e o garantido na apólice, considerando a área de cobertura”, explica Wady Cury, diretor geral de Habitacional e Rural da BB Mapfre.

A região Centro-Oeste, que historicamente é menos atingida por adversidades climáticas, é quem mais contrata esse tipo de apólice. Em Goiás, foi pago o maior volume em indenizações este ano no produto faturamento: mais de R$ 40 milhões a produtores de soja e R$ 6,4 milhões aos de milho, por variação nos preços.

Considerando as duas culturas, que até o momento na safra 16/17 estão sendo indenizadas, Goiás e Mato Grosso são os estados com o maior volume, representando 55% dos sinistros pagos. Ambos lideram a compra dessa modalidade, seguidos pelo Paraná, estado para o qual o grupo está pagando R$ 12 milhões em indenizações – 25% desse montante, apenas por variação no preço dos grãos.

“Esses números mostram que os produtores têm percebido a importância do seguro como um instrumento eficaz na gestão dos negócios no campo, à medida que garante proteção à sua atividade, independente das intempéries que possam ocorrer durante a safra”, destaca Cury. Este tipo de apólice já representa 35% do total das contratações de seguro agrícola no Brasil.

Fonte: Sonho Seguro