Fenacor quer que Susep indefira registro da Youse

No documento que enviou para a Susep, solicitando medidas “urgentes” contra a Youse, a Fenacor enfatiza que aguarda uma exemplar punição e “o natural indeferimento do pretendido registro pendente de manifestação dessa autarquia”. De acordo com a Federação, há provas claras de que a Youse já atua livremente no mercado, embora ainda esteja pretendendo obter registro como seguradora.

A Fenacor acusa a Youse de atuar de forma “ilegal, irregular e totalmente perniciosa no mercado regulado” prejudicando o consumidor. A Federação alerta ainda que a Youse oferece vantagens indevidas o que configura ilegalidade e “precisa ser apurada e que é passível de punição pela Susep, inclusive, mas não se limitando, às disposições contidas no Decreto 2.063/40 (art. 126) e na Lei 4.594/64 (art.25) ”.

No documento, a Federação propõe também “medidas de supervisão, investigação, manifestação formal e a devida punição” sobre o fato de a denunciada oferecer “de maneira absurda” vantagem indevida e proibida por lei, devolvendo parte do prêmio para os segurados através do “Seguro Auto Friends”.

O texto destaca que a denúncia pode ser atestada ao ser acessado o link https://www.youse.com.br/seguro-auto/friends/, do qual foram extraídos os seguintes textos: “Seguro Auto Friends – um jeito inovador de fazer seguros. Você e seus amigos contribuem para um trânsito melhor e ainda podem receber até 50% do valor pago pelas coberturas de volta; e “Vantagens para todo mundo – você recebe o dinheiro na sua conta. Não é desconto. É grana no bolso”.

Essa foi a quarta denúncia feita pela Fenacor contra a Youse. As três primeiras foram encaminhadas para a Susep no final do ano passado, também apontando irregularidades na forma como a Youse se apresentou para o público.

A Federação também comparou a atuação da Youse à estratégia adotada pelas associações que comercializam a chamada proteção veicular. “Trata-se de atuação típica de mercado marginal, uma vez que não tem registro nem autorização da Susep para operar”, criticou a Fenacor, na época.

Fonte: CQCS