Com crise, seguradoras do Brasil ‘descolam’ das do resto do mundo

Os executivos de seguradoras brasileiras têm preocupações diferentes dos seus colegas de outros países: aqui, questões alheias ao negócio, como a rentabilidade de investimentos e a macroeconomia são as mais prementes.

No resto do mundo, são problemas como mudanças no gerenciamento, o risco de ciberataques e novas tecnologias que dominam a atenção das empresas. As informações são da PwC.

“Esse resultado é decorrência do quadro que se vive no país —as mudanças sociais, que, em anos anteriores, estavam em 16º na lista, ficaram em segundo na pesquisa de 2017”, afirma Alfredo Sneyers, sócio da consultoria.

A consequência é que as seguradoras fizeram uma gestão de risco mais criteriosa nos últimos anos, segundo Roberto Zegarra, vice-presidente da consultoria Marsh.

“As empresas do setor estão especialmente atentas aos riscos da corrupção. ”

O segmento acompanha questões inerentes ao negócio, como a tecnologia, mesmo que no ranking não estejam colocadas como os problemas econômicos, diz Marcio Coriolano, da CNseg (confederação das seguradoras).

As preocupações tendem a convergir no futuro, diz ele.

“Os níveis de taxas de juros, que no mercado internacional aparecem com mais destaque, passaram a entrar no radar aqui no ano passado. As empresas mais experientes já precificaram a queda no planejamento de 2016. ”

Fonte: Folha de São Paulo