Mercado segurador em franca expansão

O mercado segurador registra crescimento ao longo dos últimos dez anos, contando com mais de 25 empresas e sociedades gestoras de fundos de pensões, afirmou ontem, em Luanda, a secretária de Estado para as Finanças, Valentina Filipe.

Num encontro sobre “A regulação e a supervisão do mercado segurador em Angola”, a secretária de Estado lembrou que de cinco seguradoras em 2006, o país conta com mais 19 licenciadas pela Agência angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), um crescimento que beneficiou da liberalização do setor e da expansão econômica em determinada altura, nesse período.
“A indústria dos seguros é, porventura, aquele setor que melhor espelha o grau de desenvolvimento económico e social do mercado em que se insere”, afirmou Valentina Filipe, acrescentando que o crescimento pressupõe a criação de uma cultura de risco por parte da população.
A constituição de entidades reguladoras e supervisoras, prosseguiu, pretende corrigir as imperfeições dos mercados com instituições e condições éticas e sociais de forma a operarem com eficiência.
Valentina Filipe frisou a necessidade de dotar as seguradoras e resseguradoras de instrumentos que garantam uma gestão de risco cuidada e que permitam antecipar sinais de alarme das entidades seguradas.
Existe no país uma margem de progressão para a função económica e social do seguro e fundos de pensões na segurança dos agentes económicos e na tranquilidade das famílias, afirmou.
O presidente da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Aguinaldo Jaime, realçou a importância de manter o setor segurador estável para dar respostas aos desafios de natureza económica, social, tecnológica, global, regional ou local.

Isso implica que os reguladores e supervisores do setor têm de refinar os instrumentos de regulação e aperfeiçoar os mecanismos de concertação com os outros reguladores do sistema financeiro, de formas a prevenir ocorrências de riscos sistémicos.

O presidente da ARSEG realçou que o mercado de seguros só desenvolve em ambiente macroeconómico estável e previsível, em resultado de finanças públicas equilibradas, com défices sustentáveis e moedas estáveis.

O encontro contou com a participação dos presidentes do Sistema de Controlo Interno e Solvência II, Nuno Matos, do administrador da ENSA, Henda da Silva, e os presidentes das seguradoras Saham Seguros, Universal, Nossa e Bonws Seguros.

 

Fonte: Jornal de Angola