As maiores companhias de seguros do mundo estão mais preocupadas com os problemas políticos ao redor do mundo do que com qualquer outro tipo de risco macroeconômico. É o que revela uma pesquisa realizada pelo grupo financeiro Goldman Sachs.
O grupo divulgou seu estudo anual sobre companhias de seguro e suas preocupações. Os resultados demonstram uma grande mudança sobre o que está atrapalhando os CIO’s de 317 seguradoras ao redor do mundo.
Esse ano, os riscos políticos estão no topo das preocupações macroeconômicas. 26% dos entrevistados apontaram esse como o maior risco, enquanto 50% deles colocaram, pelo menos, esse risco no top 3. Em 2015, os riscos políticos não figuravam como uma das maiores preocupações por nenhum dos entrevistados.
O grupo responsável pela pesquisa acredita que esses resultados são reflexos da rápida e surpreendente ascensão de políticos populistas em 2016; como foi o caso de Donald Trump, nos EUA e também da votação pelo Brexit.
Outros riscos surgiram com a possibilidade – ainda que remota e agora já derrotada – da eleição de Marine Le Pen como presidente da França. Há ainda uma pequena possibilidade de governos populistas surgirem na Alemanha e na Itália em um futuro não muito distante.
Muitos acreditam que esse populismo atingiu o seu pico, mas o grupo Goldman Sachs não espera que esse risco seja diminuído aos olhos dos seguradores nos próximos anos.
Outras preocupações: Nas pesquisas anteriores, a desaceleração de crescimento econômico na China dominou as preocupações dos seguradores. Mas esses medos praticamente desapareceram esse ano. Apenas 3% dos participantes vê essa questão chinesa como uma grande preocupação, e só 24% a coloca no top 3.
Outros grandes riscos macroeconômicos citado pelos líderes de seguradoras incluem a diminuição de ritmo ou recessão nos EUA e a volatilidade no mercado de crédito e ações durante o próximo ano. Os dois pontos foram citados como as maiores preocupações por 25% e 18% dos participantes, respectivamente.
Ainda que mais preocupados com os riscos políticos, eles estão amplamente mais positivos neste ano do que em 2016, de acordo com o grupo.
De acordo com o relatório, esse ano, os seguradores expressaram uma visão mais otimista de investimentos e oportunidades. Apenas um terço dos entrevistados acreditam que as oportunidades de investimento estão piorando, comparado com 48% em 2016.
Fonte: Revista Apólice I Markets Insider