Líder aceita rever Acordo de Acionistas que dá poder aos grandes grupos

Roberto Barroso, presidente do Conselho de Administração da Líder, comenta que o Acordo de Acionistas precisa de atualização e faz questão de ressaltar que representa todos os acionistas da Líder, não somente um grupo. Na opinião dele, o sistema exige simplicidade.

“Não devemos esperar por mais 10 anos para melhorar o Acordo de Acionistas da Seguradora Líder”, comenta o presidente do Conselho de Administração (CA) da companhia, Roberto Barroso, em entrevista exclusiva ao @GenteDPVAT, referindo-se ao descontentamento de um grupo de pequenas companhias acionistas com o poder que o documento, que será renovado automaticamente em outubro próximo por mais dez anos, dá aos grandes grupos para decidir, a partir daí os rumos do seguro obrigatório DPVAT.

Eleito em março para o CA, Barroso afirma que o documento precisa mesmo de atualização. “Há campo para reformá-lo”, emenda, sem descartar inclusive avaliar a sua extinção, como é defendido por algumas empresas. Para ele, é fundamental discutir, pois julga “muito produtivo” para todos os acionistas, casos as ideias sejam para fortalecer o sistema DPVAT.

“Pretendo marcar para breve uma reunião com essas seguradoras para iniciar a discussão em torno da reformulação do Acordo de Acionista”, adianta Barroso.

Ele confidencia que permanecerá na presidência do CA da Líder até março de 2018 mesmo que se afaste da presidência da BB Mapfre Vida, Rural e Habitacional. “É o acordado com o acionista”, revela, sem confirmar como já acertada a sua saída da BB Mapfre.

Barroso faz questão de ressaltar que não representa o chamado grupo A (os das grandes seguradoras acionistas da Líder), nomenclatura que aliás diz não gostar de usar. “Sinto-me representante de todos os acionistas da Seguradora Líder, não de grupos.

Meu papel é aproximá-los, tratando-os sem distinção”, assinala, dizendo-se aberto a ouvir, a debater ideias que contribuam para valorizar o sistema DPVAT.

Além do Acordo de Acionistas, Roberto Barroso diz que há outros pontos importantes que entram na discussão. Cita os processos de sinistros.

“São pesados, burocráticos e que também precisam melhorar”, destaca. Segundo ele, a meta é a modernização do sistema DPVAT, com uso intensivo da digitalização, direção para qual a diretoria executiva da companhia está sendo estimulada a seguir.

Na opinião dele, o sistema exige simplicidade, seguradoras consorciadas mais ágeis na liquidação de sinistros para que o beneficiário do seguro receba a indenização rapidamente, celeridade que deve ocorrer seja em que canal de atendimento ele deu entrada no pedido de indenização.

Fonte: Revista Cobertura