Destaque feminino – Yara Bolina

Além da diversidade de formações que o mercado segurador comporta, ele também oferece mobilidade e capacitação para os seus membros. Este é o caso de Yara Bolina, que durante 23 anos trabalhou na área. Sua formação é em Educação, com pós-graduação em Psicologia da Educação e MBA na área humanas, mas Yara atuou como securitária até sua recente aposentadoria. Ao longo de sua trajetória, passou por empresas como Sul América, Porto Seguro e Mitsui Sumitomo Seguros. Atualmente, a convite da coordenadora da Funenseg no Estado, professora Jane Mansur, ela é também professora do curso de formação de profissionais Corretores de Seguros.

Com tantos anos dedicados ao seguro, Yara viu a participação feminina no mercado aumentar significativamente, mas destaca que ainda há uma diferença muito grande na comparação com os homens. “Ainda somos um mercado um tanto machista, porque mesmo que as mulheres sejam bastante ativas nas companhias, quem aparece normalmente é o homem. Temos muito poucas como representantes de seguradoras”, destaca.

Historicamente o Rio Grande do Sul é um estado machista e isto se reflete até hoje em algumas áreas mais claramente. Porém, mesmo com a fama, Yara ressalta que o Clube da Pedrinha tem, atualmente, sua terceira presidente mulher: ela. “O clube existe em outros estados, mas somente aqui aceita a participação feminina. Podemos considerar isto uma conquista e mostra que a mulher ao chegar em cargos gerenciais é acolhida pelos seus colegas de sexo masculino”, afirma.

Como Presidente dos Pedrinhas – como são conhecidos seus membros – Yara acredita que tem conseguido estreitar relações e criar mais proximidade com sindicatos e clubes, ampliando a presença em eventos do setor. “Acredito que só uma mulher poderia fazer isso. Temos entre nossas características naturais a delicadeza, o envolvimento e a gentileza. Nosso olhar é diferenciado para cativar todos”, assegura.
A securitária acredita que a mulher tem muito a contribuir com o mercado segurador e cada vez mais deve deixar sua marca. “Enquanto o homem é mais centrado, nós somos multitarefa. A mulher conversa, atende o telefone, escreve e desenvolve mais relações pessoais, o que impacta diretamente na sua atividade como corretora”, aponta Yara. Para ela, muitas mulheres do mercado sentem falta de serem ouvidas. “É muito importante dar oportunidade para que as mulheres tenham voz e não apenas participem”, conclui.