Intempéries dos últimos 10 anos custaram €330 milhões às seguradoras

Com parte dos prejuízos contados e pensando na vulnerabilidade do país a eventos extremos, o Ministério do Ambiente, a Associação Portuguesa de Seguradores e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa aliam-se para gerir riscos futuros em cenário de alterações climáticas

Só “nos últimos 10 anos, as inundações e as tempestades envolveram o pagamento de indemnizações a particulares e empresas de quase 330 milhões de euros”, informa a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em comunicado enviado às redações.

A vulnerabilidade de Portugal a eventos extremos leva a APS a aliar-se ao Ministério do Ambiente e ao Centre for the Climate Change Impacts Adaptacion & Modeling (CCIAM), da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, para partilharem os resultados dos estudos científicos entre seguradores, resseguradores, comunidade científica, entidades públicas e setores da sociedade civil.

Foi com esse objetivo que as três entidades assinaram, esta segunda-feira, um protocolo de cooperação no qual se comprometem “a partilhar informação relativa ao projeto “Cartas de Inundações e de Risco em Cenários de Alterações Climáticas (CIRAC)”.

A APS lembra as intempéries de 2013, 2014 e 2015 e os seus avultados prejuízos. A primeira, em janeiro de 2013, atingiu grande extensão do território continental, levando “à participação de perto de 50 mil sinistros, com um custo superior a 100 milhões de euros”.

No ano seguinte, as seguradoras registraram “mais de cinco mil sinistros, com um custo superior a 11,5 milhões de euros”. E as inundações que assolaram a baixa de Albufeira, no Algarve, em 2015, “traduziram-se em 1800 sinistros participados, com um custo superior a 15,5 milhões de euros”.

O setor segurador procura adaptar-se e encontrar soluções para as consequências destes fenómenos e tem investido em estudos sobre os riscos de inundações em várias cidades portuguesas para reduzir riscos potenciais.

Fonte: Expresso