Travelers mostra o cenário de energias renováveis no Brasil

Durante o 1º Travelers International Summit 2017, promovido dia 14, em São Paulo, a companhia trouxe o cenário de energias renováveis e mostrou como lidar com sinistros de grande porte, suas ferramentas de subscrição e gerenciamento de riscos.

O subscritor de riscos de engenharia da Travelers, Natã Alves, focou sua apresentação principalmente em energia eólica e fotovoltaica. “A eólica é proveniente da força dos ventos, ou seja, é o catavento e o moinho, que é utilizado desde a antiguidade. E a fotovoltaica é aquela que vem da luz do sol”, esclareceu.

Segundo ele, a matriz energética brasileira é predominantemente hidráulica. “A eólica representa 6% e a solar ainda é pouco, porque há custo de aquisição pois os suprimentos são importados e há poucas indústrias nacionais”.

Porém Alves mostra uma perspectiva de crescimento das energias renováveis no Brasil.

“Para 2024, a energia solar terá 6 GW, representando 3% de toda a matriz, e a eólica subirá de 10,5 para 23 GW. Hoje a energia eólica é a segunda fonte mais barata, ficando atrás apenas da hidráulica”.

Em relação à energia eólica, o país líder mundial em capacidade instalada é a China. “Cerca de quase 45% de energia eólica produzida no mundo vem desse país. Em 2005, era Alemanha, 2008 EUA e em 2010 China superou os dois países. E nada indica que isso mudará, ou seja, veremos aerogeradores chineses no Brasil em breve”.

Já a Alemanha é a líder mundial em capacidade instalada de energia fotovoltaica, mas o Brasil possui grande potencial para conquistar esse mercado. “Porém, a China provavelmente poderá superar nesse ano ou ano que vem. O melhor local da Alemanha é o pior local do Brasil, que possui o índice de exposição mais forte”, ressalta o subscritor de riscos de engenharia.

Natã Alves explica que, apesar de ter havido um cancelamento de leilão de energia em dezembro do ano passado, o governo está estudando uma possibilidade de fazer leilão de reserva nesse ano, mas está consultando todos os players para verificar a viabilidade. “Esse cancelamento ocorreu para evitar que o consumidor pagasse por essa energia e também devido a uma sobre oferta causado pela recessão econômica, ou seja, a energia é um termômetro da economia, se não tiver retomada, o setor de energia acaba estagnando”.

Para esse ano, o governo federal anunciou investimento de aproximadamente R$ 13 bilhões de linhas de transmissão, 35 lotes de transmissão, totalizando 7.400 km de extensão.

Fonte: Revista Cobertura – Por Tany Souza