Saúde adverte para sintomas de dengue, zika ou chikungunya

Índice de Infestação de Fêmeas do Aedes passou para a condição de alerta.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), alerta os moradores de Porto Alegre que viajaram para locais com transmissão de dengue, zika ou chikungunya, seja no Estado, no país ou no exterior, para os cuidados com eventuais sintomas das doenças no retorno à rotina na Capital. No caso de identificação de sintomas de qualquer uma das doenças, o atendimento médico deve ser buscado e o histórico mais detalhado possível da viagem referido ao profissional de saúde. Como dengue, zika e chikungunya são doenças de notificação compulsória, as informações são essenciais para desencadear medidas de controle vetorial e acompanhamento epidemiológico pela CGVS/SMS.

O Índice Médio de Infestação de Fêmeas do Aedes aegypti na cidade na Semana Epidemiológica 8 (de 19 a 25 de fevereiro) ficou em 0,50, caindo do status crítico para condição de alerta no monitoramento dos insetos adultos realizado semanalmente pela prefeitura. Ainda que o índice de infestação tenha diminuído, a infestação na cidade ainda é alta. É importante lembrar que o risco de transmissão viral existe, já que, para que a transmissão do vírus se efetive, são necessários três elementos: mosquito, vírus e pessoas. Uma pessoa que tenha sido infectada fora da Capital, ao ser picada no período de viremia (tempo em que o vírus circula no organismo) por uma fêmea do Aedes aegypti em Porto Alegre, contaminará o mosquito que, em alguns dias, começará a transmitir o vírus para outras pessoas pela picada. Por isso, a notificação de qualquer suspeita é importante à CGVS.

Em 2017, foram confirmados em Porto Alegre três casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, todos importados, ou seja, todos contraídos fora da cidade: um caso de dengue (infecção provável na Indonésia), um de zika (pessoa com histórico de viagem a Cuba) e um de chikungunya (infecção provável no estado do Pará). Nos três casos, medidas de controle vetorial foram adotadas.

Os sintomas mais comuns das três doenças são: 

Dengue: febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro-ocular (atrás dos olhos), mialgia, artralgia, exantema, náuseas, vômitos, entre outras.

Chikungunya: fase aguda – paciente com febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, acompanhada de artralgia intensa (dor nas articulações) de início súbito. Pode estar associada à cefaleia, mialgias e exantema. Considerar história de deslocamento nos últimos 15 dias para áreas com transmissão de chikungunya.

Zika vírus: pacientes que apresentem exantema maculopapular pruriginoso (erupções na pele que se caracterizam pelo aparecimento de manchas vermelhas), acompanhado de pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre baixa ou inaparente, hiperemia conjuntival sem secreção e prurido, poliartralgia, edema periarticular.

Fonte: Texto de: Patrícia Coelho – Edição de: Andrea Brasil – Foto: Cristine Rochol/Arquivo PMPA