A crise econômica leva ao aumento dos resgates de apólices na previdência privada

A população brasileira com a crise na economia vem sacando as suas aplicações financeiras, entre as quais a previdência privada.

Constatou-se no Brasil o crescimento em saques nas cadernetas de poupanças e em muitas outras aplicações financeiras ao longo deste ano conforme repasse de informações das seguradoras e órgãos que regulamentam o segmento. O movimento em questão alcançou também a previdência privada. O que significará com o passar do tempo, os resgates feitos na previdência como investimento para a população, para o país, de que modo as pessoas podes ser prejudicadas com esta instabilidade, até quando vai durar, são alguns dos tópicos aqui abordados.

O país atravessa problemas na economia como: a alta inflacionária achatando o poder de compra do povo; setores produtivos estagnados pela falta de vendas de seus produtos; êxodo de empresários brasileiros que buscam países mais estáveis; o dólar norte-americano que tem a sua maior alta desde 2002 diante do real e a elevação do desemprego, acontecimentos estes que incidem no estímulo forçado aos saques da previdência privada e outras aplicações financeiras.

A previdência privada pode ser conceituada como uma forma de aposentadoria que não se relaciona com as regras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A previdência privada é algo adicional à previdência pública, sendo que está 1ª. sofre fiscalização e auditoria de órgão federal do governo, que é a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O superintendente de Marketing e Produtos da Mongeral Aegon, Leonardo Lourenço, especialista do universo securitário, testemunha que está ocorrendo “o aumento de resgates na previdência. Não é uma desistência da aposentadoria, mas como a família deixa de ter musculatura financeira, ou seja, não tem dinheiro, o seguro em si não passa a ser mais prioritário do que comer e pagar as contas de consumo”.

O executivo salienta que o grande impasse é que os brasileiros vêm extraindo recursos aplicados há muito pouco tempo, o que leva, consecutivamente, ao pagamento de maiores alíquotas de imposto de renda. Algo de até 35% no resgate de aplicações nos Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Os aplicadores profissionais ou mesmo os iniciantes mais jovens em previdência privada, fazem na sua maioria, a aplicação na forma de tributação regressiva, que cai com o passar do tempo. No início as alíquotas são mais caras do que as demais que compõem as aplicações de renda fixa. Há uma variação em até 6 meses de 22,5% a 15% depois de 2 anos; porém, finaliza com alíquotas na casa de 10%, que são mais baixas. Por outro lado, o tempo investido para conquistar o benefício é significativamente maior.

Toda esta dinâmica influencia as seguradoras com seus produtos e públicos alvos, como as que atuam nos segmentos de vida e previdência reagirão de uma forma, já as que lidam com veículos ou seguros de empresas têm a chance de perder mais devido à economia do país, pois acompanham o desempenho da economia, o que as tornarão mais criteriosas na aceitação ou não do seguro.

Fonte: Revista cobertura