Em uma semana marcada pelo calor e o uso dos condicionadores de ar (Porto Alegre foi a capital com maior temperatura de todo Brasil), a demanda instantânea de energia elétrica no Rio Grande do Sul alcançou patamares elevados, acima de 6,5 mil MW, bem maiores que os valores máximos registrados em todo o ano passado. Na tarde de ontem, foi estabelecida uma nova marca histórica, que chegou a 6.686 MW às 14h32min, quando a temperatura era de 38,1°C, de acordo com dados do Centro de Operação do Sistema (COS) do Grupo CEEE, órgão que monitora o fluxo de energia no Estado. Anteriormente, o recorde havia sido alcançado na segunda-feira, com 6.570 MW. A estimativa do Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2012, com base em dados do Grupo CEEE, era de que o pico de demanda de 2013 fosse menor: 6.193 MW. Conforme o estudo, a capacidade de atendimento do Estado neste ano é de até 7,1 mil MW. De acordo com nota do Grupo CEEE, “em um cenário de expressiva inclusão social na economia, aliado às temperaturas elevadas, em que os equipamentos elétricos vêm trabalhando há dias sob rigorosa exigência, é provável que ocorram, pontualmente, falhas ou defeitos que podem provocar interrupções localizadas”. Ainda segundo o comunicado da estatal “por esses motivos, os agentes do setor elétrico estão atentos para planejar ações e investimentos que minimizem essas eventuais interrupções”. No caso particular de Porto Alegre, ontem, cerca de 13 mil consumidores ficaram sem luz por problemas na saída do alimentador da subestação Porto Alegre 4. Já as assessorias de imprensa das distribuidoras Rio Grande Energia (RGE) e AES Sul informaram que não houve maiores dificuldades de atendimento nos seus territórios. Na área de concessão da CEEE Distribuição (72 municípios gaúchos, incluindo a Capital e as regiões do Litoral Norte e Sul, Centro-Sul e Campanha, com mais de 1,55 milhão de consumidores), a semana também foi de números elevados, que se aproximaram de 2 mil MW. (Jornal do Comércio/RS)