Resseguradora suíça traça estratégias para explorar segmento

Parte de um projeto global da Swiss Re, a segunda maior resseguradora do mundo, a participação no negócio de seguros de vida e saúde está no radar da companhia também no Brasil. Resseguradoras são empresas que “compram” riscos, principalmente os grandes, dos contratos vendidos pelas seguradoras. Atualmente, a companhia atua em seguros no Brasil por meio da Swiss Re Corporate Solutions, de apólices para grandes empresas. Em novembro do ano passado, comprou 15% da SulAmérica, por US$ 335 milhões, mas segundo a empresa, foi apenas como estratégia de investimento. “Há pouco mais de um ano comecei a analisar o mercado brasileiro para desenhar uma estratégia para crescer nos segmentos de vida e saúde”, diz Rolf Steiner, consultor sênior para a área de Vida e Saúde da Swiss Re na América Latina. “A estratégia passa necessariamente pelo acesso aos consumidores da nova classe média brasileira”, explica. Entre as iniciativas da companhia para mapear as oportunidades desse mercado está a realização de estudos e pesquisas. Os resultados do mais recente deles, que será divulgado dia 11 do mês que vem, reforçaram a crença da Swiss Re: a taxa de penetração é baixa (os prêmios de seguros de vida emitidos no Brasil equivalem a 2% do PIB), mas o potencial de crescimento é grande. A pesquisa quis saber quais seriam os motivos que impedem os clientes brasileiros de adquirir uma apólice de seguro para protegê-los contra mortalidade e morbidade: “Eles não consideram o seguro uma forma conveniente e fácil de resposta para suas preocupações? Ou eles acreditam que não têm poder aquisitivo para fazer seguro? Um sinal encorajador para nós é que somente uma porcentagem reduzida (4%) acredita que não precisa de uma apólice de seguro, ou seja, uma porcentagem de 96% acredita que precisa. Dados os níveis de proteção bastante baixos atualmente, as oportunidades para a indústria de seguros são significativas”, diz Steiner. (Brasil Econômico)