Fenabrave prevê ano difícil para as vendas de veículos

Após seis anos de crescimento expressivo no emplacamento de carros, numa média de 10% ao ano, o balanço de 2013 mostra uma queda de 0,91% em relação a 2012. Para 2014, a previsão é de um crescimento baixo, em torno de 3%, que deve contabilizar entre 3.645 milhões e 3.778 milhões de veículos, nas categorias de autos, comerciais leves, caminhão e ônibus. Ainda assim, Alarico de Assumpção Júnior, presidente executivo da Fenabrave, diz que não há motivos para pessimismo. Para ele, é importante considerar que a economia praticamente patinou em 2013 e, nesse contexto, a redução do emplacamento de automóveis e comerciais leves não é alarmante. “A base de crescimento ainda é alta”. Com esse mesmo raciocínio está a consultora Tereza Fernandez, da MB Associados. “É natural que essa queda aconteça, já que um crescimento de vendas de automóveis de 10% ao ano é insustentável em qualquer lugar do mundo”, disse em coletiva da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). O ano de 2014 já começa com duas novidades no setor: o retorno do IPI e a obrigatoriedade da instalação de airbags e o freio ABS. Em termos práticos esses dois fatores irão gerar um aumento de cerca de R$ 1.500,00 no preço total do carro. O presidente executivo da Fenabrave não vê esse aumento como um problema, já que será possível distribuir esse valor em 36 parcelas de R$ 42,00. “É quase um preço simbólico, tendo em vista o aumento da segurança, um bem maior”. Ainda que, segundo o executivo, o aumento do preço dos automóveis não seja alarmante, várias concessionárias contabilizaram crescimento do fluxo de clientes e vendas em dezembro, a partir do informe do retorno da alíquota do IPI. (DCI)