Lideranças fazem projeções para os próximos cinco anos

 

Com o propósito de detectar tendências nos variados segmentos do mercado segurador, pesquisa realizada pela Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) constata que a maioria dos entrevistados, pouco mais de 50%, prevê que o seguro de automóvel continuará a manter nos próximos cinco anos o seu grau de importância nos moldes semelhantes aos atuais, em relação à oferta. Já 35% deles acham que o ramo automotivo sofrerá grandes transformações nesse período, com o aumento de participação, novas coberturas e serviços. Em relação à carteira de pessoas, o estudo revela a crença em um fértil processo de criação de produtos nos próximos cinco anos. Os corretores de seguros são os que mais acreditam nesse cenário, considerando que 50% desses profissionais que participaram da pesquisa indicam essa tendência. Na sequência, a maioria dos entrevistados acredita no incremento de produtos individuais e VGBL, área que também foi alvo da pesquisa, com seus planos para pessoa física e corporativos, além dos microsseguros. Na avaliação do membro (acadêmico) da ANSP Fernando Simões, as apostas e tendências apontadas na pesquisa podem dar frutos ao mercado, “se bem analisadas”. O estudo ouviu 81 dos atuais 197 membros da academia. Dentre os entrevistados, estão consultores ou prestadores de serviços (39% do total), seguradores (25%), corretores de seguros (22%) e advogados (14%). (Jornal do Commércio/RJ)

Consumo

Outro destaque da pesquisa da ANSP é sobre o comportamento do consumidor de seguros nos próximos cinco anos. Na opinião de 63% dos acadêmicos, os segurados tendem a ser mais críticos e conscientes. Isso inclui a evolução do nível de conhecimento sobre coberturas, direitos e deveres das apólices contratadas. Para Fernando Simões e Márcio Pires, este também membro da ANSP, esse cenário exigirá produtos bem desenhados. A maioria vê ainda a necessidade de investimentos prioritariamente no aumento do quadro de empregados e em tecnologia da informação no período de cinco anos. Porém, entre os acadêmicos ligados a escritórios de advocacia, prevalece a convicção de que o foco das empresas do mercado segurador será em capilaridade, tratada na pesquisa como expansão física. Em relação a carências de debates, as respostas obtidas surgem bem distribuídas entre temas como trabalhos científicos sobre produtos de seguros, gestão de empresas e tendências e aspectos legais e jurídicos que influenciam o setor. Os advogados optam por debates sobre matérias jurídicas, enquanto consultores e prestadores de serviços elegem assuntos ligados a tendências do setor. Já corretoras e seguradoras julgam de maior interesse questões relacionadas a produtos. (Jornal do Commércio/RJ)