Quem aluga um imóvel quase sempre exige algum tipo de garantia do inquilino caso esse não consiga arcar com as despesas mensais. Em alguns poucos casos o proprietário não pede nenhum tipo de segurança prévia, mas isso é raro. Na maioria das vezes recorre-se a uma das três modalidades mais usadas no mercado imobiliário: fiador, caução (depósito antecipado) ou seguro-fiança. Segundo dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), no mês de setembro, o tipo de garantia mais utilizado foi a que faz uso do fiador (48%), seguido pelo depósito antecipado (32%) e pelo seguro-fiança (21%). Ainda que o fiador seja a primeira opção, é notável o crescimento do seguro-fiança, afirma Jaques Bushatsky, diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP: “Os futuros inquilinos estão indo de cabeça feita na hora de alugar um imóvel e estão optando mais pelo seguro-fiança, onde ele não depende do favor e da exposição das finanças de ninguém, como no caso do fiador”. Segundo ele, esse crescimento se deve às facilidades oferecidas por essa modalidade. Quem opta pelo seguro-fiança não precisa se preocupar em achar um fiador e assim evita envolver outras pessoas em sua vida particular e em possíveis problemas relacionados ao pagamento do aluguel. A informação bate com dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que aponta um aumento de 25% no volume de apólices de seguro- fiança, entre janeiro e maio de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado. A Porto Seguro, por exemplo, registrou no ano passado um aumento de 17% nas contratações desse tipo de seguro. Para Edson Frizzarim, diretor de aluguel da empresa, o motivo do sucesso da modalidade é que, além de oferecer planos de contratos que oferecem serviços residenciais básicos, como chaveiro, os locatários buscam mais independência na hora de alugar. “Quem aluga não quer mais pedir favores a terceiros”, diz Frizzarim. (CQCS)