João Elísio fala sobre o mercado de seguros e a economia

O presidente do Conselho de Administração da Centauro Vida e Previdência, ex-governador do Paraná e ex-presidente da CNSeg, João Elísio Ferraz de Campos, falou ontem em Porto Alegre durante o Almoço do Mercado Segurador, promovido pelo Sindseg-RS. O empresário fez uma breve análise do mercado segurador brasileiro e da conjuntura econômica, lembrando os processos evolutivos de sua experiência de 18 anos à frente da Fenaseg. Salientou o companheirismo e lealdade de expoentes do setor, como Miguel Junqueira Pereira, que fez o discurso de boas vindas, João Gilberto Possiede, presidente do Sindicato das Seguradoras do PR/MTS, José Américo Peon de Sá e José Arnaldo Rossi, assessores da CNSeg, que também estavam presentes no evento. Disse que o setor sempre atuou com a premissa de que o que é bom para a sociedade é bom para o mercado de seguros. Também destacou a importância em dar atenção especial ao corretor, que tem que ser parceiro do segurado. Ele criticou a ação do governo na criação da agência de seguros, para concorrer com as seguradoras. “Em pleno século 21, ano de 2012, o governo resolve entrar num negócio que não tem nada a ver”, disparou. Em sua avaliação, a tendência é de que o governo acabe por privatizar a nova estatal, a exemplo do que ocorreu com o IRB. “E para o mercado, a quebra do monopólio do IRB foi um grande avanço”, avaliou. Em sua análise, o país precisa se situar ter políticas públicas para combater a criminalidade, o desemprego e a saúde. Elogiou a iniciativa citada pelo presidente do Sindicato das Seguradoras no RS, Julio Cesar Rosa, sobre a implantação do Pátio Legal no RS, a exemplo das experiências bem sucedidas do RJ e MG. “O Pátio Legal é quase um presente para a sociedade”, citou. Para João Elisio, o governo não dota o país de infraestrutura necessária para o seu desenvolvimento e não tem princípios claros sobre o papel do Estado na economia. No final ainda destacou como positivo o julgamento do Mensalão, frisando que corrupção não é esperteza e sim crime.